São Paulo, segunda-feira, 29 de junho de 2009

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MÚSICA

Bombando sem parar

Em entrevista ao Folhateen , Fergie comemora o sucesso do novo álbum dos Black Eyed Peas e anuncia planos de visitar o Brasil

Toru Hanai - 30.mai.2009/Reuters
A cantora Fergie e os bailarinos do novo hit do BEP

TARSO ARAUJO
DA REPORTAGEM LOCAL

O título "Boom Boom Pow" não poderia definir melhor o momento do Black Eyed Peas. O grupo norte-americano de hip hop nunca bombou tanto desde que surgiu, em 1995.
"The E.N.D.", seu novo álbum, é o primeiro da banda a chegar ao topo da lista dos mais vendidos nos EUA. Nem "Elephunk" (2003), coleção de hits como "Shut Up", "Let's Get Retarded" e a melosa "Where Is the Love", com Justin Timberlake, foi tão longe.
"Boom Boom Pow", primeiro hit do disco novo, ainda não cansou os DJs brasileiros e está há 15 semanas no topo da parada americana.
Desde a semana passada, a segunda mais ouvida nos EUA é outra música do mesmo álbum, "I Gotta Feeling", uma das melhores músicas dos últimos tempos para se ouvir antes de ir a uma festa.
"Sabíamos que "Boom Boom Pow" seria uma grande música para boate. Mas a gente nunca sabe exatamente como as pessoas vão reagir, então estamos curtindo bastante esse momento", disse em entrevista ao Folhateen Stacy Ann Ferguson, 34, a Fergie.
A cantora está de volta ao grupo depois de estrear muito bem sua carreira solo -seu disco, "The Dutchess", vendeu 6 milhões de cópias.
Apesar do sucesso de "The E.N.D.", esse pode ser mesmo o fim, o último disco da banda. No encarte do CD, o líder e produtor will.i.am diz que "a indústria de ontem mudou", mas que "a energia nunca morre" -a expressão é o próprio título do álbum: E.N.D. é a sigla de "energy never dies".
Pois é, com ou sem CD, o show não pode parar. E os brasileiros não vão ficar de fora da festa dos Black Eyed Peas.
"Definitivamente, temos que ir ao Brasil. Vamos no fim do ano ou no começo de 2010", diz Fergie. Não é difícil entender a ênfase da cantora para anunciar a vinda do grupo.
Na última das três vezes em que a banda veio ao país, o Black Eyed Peas tocou para o maior público de sua carreira: mais de um milhão de pessoas no Réveillon de 2007, na praia de Ipanema, no Rio.
Sem contar a ligação da banda com nossa música. "Sexy", de "Elephunk", tem um sample de "Insensatez", de Tom Jobim. E o disco "Monkey Business" tem "Mas, que Nada", de Jorge Ben Jor, gravada com o pianista Sérgio Mendes.
"Estudei o estilo de cantoras brasileiras antes de gravar essa música", diz Fergie. E tem escutado algo do Brasil agora?
"Não, ultimamente estou ouvindo mais electro, o estilo que inspirou esse álbum."
Quando o repórter disse que Timberlake comentou neste mês em seu blog a cena electro brasileira, Fergie pediu que lhe enviasse por e-mail o nome dos artistas citados pelo colega (CSS, Bonde do Rolê, Boss in Drama e Montage).
Escutá-las vai ser apenas um ensaio, porque, quando chegar aqui, ela pretende conferir in loco as pistas brasileiras.
"Quando estivermos aí queremos ir a uma boate. Os meninos querem discotecar", diz Fergie. E não vai faltar quem queira sacudir o "boom boom" com "Fergalicious".


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