Kevin Frayer/Associated Press

Multidão dutante show, em Toronto, no Canadá

Strokes, Simple Plan e Avril Lavigne vêm pela primeira vez ao Brasil neste semestre. Mas não são só eles que estrearão em show no nosso território. Muitos adolescentes vão ter também pela primeira vez a experiência de ver de perto seus artistas queridos em palcos brasileiros.
São jovens que nunca estiveram em um show e desde já contam as horas que faltam para entrarem em um estádio e ouvirem em alto e bom som a voz de seus ídolos.
Ingrid Aparecida Kuhn Ferreira, 15, gosta da banda nova-iorquina Strokes desde que viu o clipe na MTV. Foi amor à primeira vista, conta ela. "As bandas estavam todas naquela coisa de nu metal, aí eu vi e achei o som estranho. Pensei: "É estranho mas é bom". Era uma coisa tão diferente que logo me chamou a atenção. Quando eu soube que eles viriam, foi um choque."
A estudante carioca diz que vai ter de superar a aversão que sente de estar no meio de muitas pessoas. "Imaginar que vou ter de ficar no meio de um monte de gente é desesperador. Sei que vai ser difícil, mas eu tenho que ir ao show de qualquer jeito", conta Ingrid, que pretende faltar no colégio no dia da apresentação do grupo, em outubro (leia na pág. 8). "Pena que a minha mãe não deixa eu dormir lá, mas pretendo sair de casa às sete da manhã."
Olivia Brant, 13, acha que vai ficar doida quando os Strokes subirem ao palco. "Comentei com uma amiga que, no dia em que eu ver o grupo na minha frente, vou ter um ataque cardíaco. Eu quero muito ver esse show", conta a estudante paulistana, que não vê a hora de chegar o dia 8 de setembro, quando a organização começará a vender os ingressos e anunciará a classificação.
"Já convenci meu pai a ir comigo e estou muito ansiosa. Queria chegar cedo, mas ele não tem muito saco de ficar esperando. Acho que vou ter de chegar em cima da hora, mas, por mim, ficaria o dia inteiro lá."
Sobre os outros shows que vêm ao Brasil, Olivia conta que só faz questão mesmo de ver os Strokes. "Não gosto de Avril Lavigne nem de Simple Plan. Mas muita gente quer vê-los." Ela tem razão. A banda canadense Simple Plan é uma das favoritas entre os marinheiros de primeira viagem ao desconhecido continente dos shows internacionais. Ela fará duas apresentações por aqui. Em São Paulo, integra o elenco do festival de aniversário de uma rádio FM.
Thaís, 15, vai ver o Simple Plan acompanhada por mais 13 amigas. Ela até pensou em ir ao show do Linkin Park no ano passado, mas não se animou. Agora, a farra já começa na compra dos ingressos.
"Acho que, por estar com amigas, é um incentivo maior para eu ir. Estamos tendo um treco para comprar os ingressos. O problema é que precisa juntar todas para conseguirmos os ingressos para o mesmo setor. Todo dia esse é um assunto na escola", conta Thaís, que se prepara para encarar uma multidão no Pacaembu.
"Vamos comprar cadeira numerada para não corrermos o risco de nos separarmos das outras durante o show", planeja.
Quem já está acostumado com grandes públicos, apesar de nunca ter ido a um show, é o estudante Rodrigo Costa, 12, que vai assistir à apresentação da cantora canadense Avril Lavigne. "Não estou assustado com a multidão que vai ao show porque freqüento sempre jogos de futebol; já estou bem acostumado", conta Rodrigo, que está em sua terceira tentativa de ir a um show.
"Teve o do Linkin Park que eu não pude ir porque tive um jantar. Teve o show do Calling que eu não pude ir porque tive de viajar com um amigo. Agora, pintou a oportunidade de ir a esse e quero bastante."
Camila Petit, 11, já prepara o visual para o show de Avril. "Vou com a camiseta, a pulseira, a calça... tudo dela. Até o cabelo eu vou deixar solto", conta Camila, que sabe que vai encontrar muitas meninas vestidas exatamente iguais à Avril. "Isso não me incomoda", afirma a garota.

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