São Paulo, segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros SEXO & SAÚDE JAIRO BOUER - jbouer@uol.com.br Você faz a sua parte para evitar que a Aids cresça? HÁ 18 ANOS, na semana que marca o começo de dezembro, a coluna aborda a questão da Aids no Brasil. Quando começamos a escrever sobre a importância da camisinha para prevenir a infecção pelo HIV, grande parte dos jovens leitores do Folhateen de hoje ainda não tinha nascido. Vocês leram e tiveram aulas sobre o assunto, provavelmente já discutiram a questão com pais e amigos e têm um conhecimento razoável sobre as formas de prevenção, certo? Ótimo! Então, se cuidam e fazem sua parte para evitar que a doença cresça? Infelizmente, a resposta é: em termos! Muita coisa mudou nesses mais de 25 anos da Aids. Hoje existem remédios mais eficazes no controle do vírus. Pesquisa divulgada na semana passada sugere que alguns poderiam até evitar a infecção pelo vírus, e até o Papa reconheceu a importância da camisinha em pessoas com alto risco de exposição ao HIV. Mas ainda não temos vacina para evitar a contaminação, e alguns grupos continuam a se expor a riscos, entre eles os jovens. Ainda temos quase 30 mil novos casos de Aids por ano no Brasil. Entre os jovens, garotas e garotos que fazem sexo com homens são as principais fontes de preocupação. No momento em que escrevo, os dados de 2010 do Ministério da Saúde ainda não foram divulgados, mas vale um recado dos anteriores: nos jovens entre 13 e 19 anos, desde 1998, o número de casos de Aids é maior entre garotas do que entre garotos (dez casos para oito). Paixão, confiança no parceiro, medo de exigir a proteção, sensação de que nada vai acontecer, violência sexual, prostituição, tudo isso ajuda a explicar esses números. Explicam, mas não justificam! Exatamente porque você está informado sobre tudo isso não pode e não deve se descuidar. Quem sabe, em alguns anos, as colunas do início de dezembro possam tratar de outros assuntos. Texto Anterior: 50x periferia Próximo Texto: O2 Neurônio: A multidão e a televisão Índice | Comunicar Erros

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