São Paulo, segunda-feira, 30 de janeiro de 2006

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CINEMA

Em seu primeiro papel como protagonista, Timberlake vive um jornalista sedento por justiça, que quer livrar sua cidade de policiais corruptos e, de quebra, ganhar o Pulitzer

O eterno mocinho

DA REPORTAGEM LOCAL

O papel de mocinho cai bem a Justin Timberlake. Na vida real, ele é um garoto bem-comportado do showbiz, sempre lembrado como o ex da musa pop Britney Spears, com quem namorou por três anos e jurou que se casaria virgem.
Em sua estréia como protagonista no cinema, no filme "Edison", que entra em cartaz no Brasil na sexta-feira, o vocalista do N'Sync mantém a aura certinha e encarna um aprendiz de jornalista empenhado em fazer o bem e livrar sua cidade de uma polícia corrupta e violenta.
É claro que, como conseqüência de tanta dedicação e amor ao próximo, ele espera também abocanhar o Pulitzer, prêmio máximo do jornalismo investigativo mundial.
Justin vive Josh Pollack, um jovem repórter com pretensões investigativas de um semanário decadente de Edison, a cidade onde se passa a ação e que dá nome ao filme.
Convocado para cobrir o julgamento de um crime banal (um acusado de tráfico que teria atirado em seu companheiro), o rapaz fica intrigado com a cumplicidade entre o réu e o policial que o prendeu, Raphael Deed (interpretado pelo o rapper LL Cool J), integrante do grupo de elite da polícia local, que tem superpoderes e uma quantidade impressionante de armas.
A troca de olhares e um agradecimento do acusado ao policial ao final da sessão no tribunal são suficientes para o dedicado jornalista suspeitar de alguma mirabolante rede de intrigas envolvendo os dois.
Após ser demitido do jornal, ele resolve investigar a história, com a ajuda do editor da publicação, Moses Ashford (Morgan Freeman, de "Batman Begins" e "Menina de Ouro") e de um investigador local, Levon Wallace (Kevin Spacey, de "Beleza Americana).
A trupe tanto investiga que descobre uma complexa rede de corrupção na cidade de Edison que envolve a polícia, promotoria, grandes corporações e o governo local, e Pollack/Timberlake triunfa como o grande herói no final.
O filme tem muito tiroteio, sangue e porradas, mas falta o principal: um roteiro convincente que justifique tanta violência.
Timberlake bem que poderia ter poupado seus fãs dessa estréia cinematográfica sangrenta.
(LETICIA DE CASTRO)


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