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CINEMA
Em seu primeiro papel como protagonista, Timberlake vive
um jornalista sedento por justiça, que quer livrar sua cidade
de policiais corruptos e, de quebra, ganhar o Pulitzer
O eterno mocinho
DA REPORTAGEM LOCAL
O
papel de mocinho cai bem a Justin
Timberlake. Na vida real, ele é um
garoto bem-comportado do showbiz, sempre lembrado como o ex da musa
pop Britney Spears, com quem namorou
por três anos e jurou que se casaria virgem.
Em sua estréia como protagonista no cinema, no filme "Edison", que entra em cartaz no Brasil na sexta-feira, o vocalista do
N'Sync mantém a aura certinha e encarna
um aprendiz de jornalista empenhado em
fazer o bem e livrar sua cidade de uma polícia corrupta e violenta.
É claro que, como conseqüência de tanta
dedicação e amor ao próximo, ele espera
também abocanhar o Pulitzer, prêmio máximo do jornalismo investigativo mundial.
Justin vive Josh Pollack, um jovem repórter com pretensões investigativas de um semanário decadente de Edison, a cidade onde se passa a ação e que dá nome ao filme.
Convocado para cobrir o julgamento de
um crime banal (um acusado de tráfico que
teria atirado em seu companheiro), o rapaz
fica intrigado com a cumplicidade entre o
réu e o policial que o prendeu, Raphael
Deed (interpretado pelo o rapper LL Cool
J), integrante do grupo de elite da polícia local, que tem superpoderes e uma quantidade impressionante de armas.
A troca de olhares e um agradecimento
do acusado ao policial ao final da sessão no
tribunal são suficientes para o dedicado
jornalista suspeitar de alguma mirabolante
rede de intrigas envolvendo os dois.
Após ser demitido do jornal, ele resolve
investigar a história, com a ajuda do editor
da publicação, Moses Ashford (Morgan
Freeman, de "Batman Begins" e "Menina
de Ouro") e de um investigador local, Levon Wallace (Kevin Spacey, de "Beleza
Americana).
A trupe tanto investiga que descobre uma
complexa rede de corrupção na cidade de
Edison que envolve a polícia, promotoria,
grandes corporações e o governo local, e
Pollack/Timberlake triunfa como o grande
herói no final.
O filme tem muito tiroteio, sangue e porradas, mas falta o principal: um roteiro
convincente que justifique tanta violência.
Timberlake bem que poderia ter poupado seus fãs dessa estréia cinematográfica
sangrenta.
(LETICIA DE CASTRO)
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