São Paulo, segunda-feira, 30 de julho de 2007

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Moda tropicalista é geléia geral

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Não foi à toa que a turma da tropicália se tornou ícone fashion de seu tempo e influencia o povo da moda até hoje.
Caetano e sua turma esbanjaram atitude ao misturar peças inspiradas nos parangolés de Hélio Oiticica, na psicodelia das estampas de Emilio Pucci, nas batas indianas e nos elementos da cultura hippie.
"A moda também foi tropicalizada. Basta olhar a capa do disco "Tropicália" para constatar que aquelas roupas e acessórios ainda estão nas ruas", diz Amnon Armoni, coordenador dos cursos de pós-graduação em moda da Faap. "Há tempos a moda vive de leituras de décadas passadas. Os tropicalistas trouxeram algo que sempre vai inspirar os designers".
É o caso da estilista Carol Martins, da grife Madalena. A principal marca de suas coleções são as flores gigantes que estampam tecidos leves e confortáveis, bem semelhantes aos kaftans usados por Gilberto Gil ou às capas de Rita Lee.
"Eu vivi o tropicalismo! Morei numa comunidade alternativa, ouvi muito esses discos", diz Carol. "O que acho mais bacana é que eles não se prendiam à moda hippie. Como na música, faziam no jeito de se vestir uma geléia geral", completa. A carioca Helô Rocha, da grife Têca, foi outra que acreditou na tropicália para criar sua coleção verão-2008.
Nem a alta costura escapou do movimento. As famosas coleções da Rhodia das décadas de 60 e 70 já traziam os coloridos e os florais com perfume tropicalista. O acervo permanente do Masp tem 82 vestidos dessa época, dos quais 15 foram emprestados para a exposição no Rio. (DOLORES OROSCO)


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