São Paulo, segunda-feira, 30 de julho de 2007

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música

Stripes continuam barulhentos e originais

MARCO AURÉLIO CANÔNICO
DA REPORTAGEM LOCAL

Três semanas foi o tempo que Jack e Meg White levaram para gravar "Icky Thump", seu sexto álbum -e isso porque ele foi o mais demorado de todos.
Tão impressionante quanto conseguirem fazer um grande álbum nesse esquema minimalista (guitarra e bateria) e a jato é a capacidade do White Stripes de não soar como um pastiche de si mesmo à medida que sua carreira evolui.
São raros os casos de sonoridades que soam derivadas de canções do passado, como em "300 M.P.H. Torrential Outpour Blues". A maioria das novas faixas não é apenas original, mas difícil de descrever -o que é o caos marcial da ótima "Little Cream Soda", por exemplo?
Outra marca registrada do grupo, as covers matadoras para canções obscuras (vide "Jolene"), continua no novo álbum, com a divertida "Conquest" e seu toque mariachi.
Aqui há também mais das experiências com novos instrumentos que a banda vem fazendo há dois discos -a bola da vez é a gaita de foles, presente em "Prickly Thorn, but Sweetly Worn" e em "St. Andrews".
Não que a banda seja unânime -Meg, em particular, é muito criticada por suas supostas limitações como baterista, e a importância que o duo dá para sua identidade visual às vezes parece ser só marketing.
Mas é admirável que a dupla tenha feito tanto com tão pouco, em dez anos de existência. E quem os viu ao vivo em alguma das duas ocasiões em que estiveram no Brasil sabe que eles seguram a onda no palco também. Superem isso, Arctic Monkeys!


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