São Paulo, segunda-feira, 31 de janeiro de 2005

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CINEMA

"Desventuras em Série", em cartaz na cidade, deixa a expectativa para sequência

Desgraça pouca é bobagem

PRISCILA NEMETH
ESPECIAL PARA O FOLHATEEN

"Se você gosta de começo, meio e final feliz, é bom escolher outro filme." É mais ou menos isso o que diz Lemony Snicket (que é um pseudônimo de Daniel Handler), o narrador e autor do livro no qual "Desventuras em Série" é baseado, interrompendo a animação de um elfo alegre.
E você concorda com ele logo nos primeiros minutos, quando as crianças Baudelaire recebem a notícia de que os pais morreram em um incêndio. E volta a concordar muitas vezes, porque o azar não pára de aumentar. Quando acha que eles superaram um problema, um outro pior acontece.
Mas, mesmo dando tudo errado e a felicidade deles durando pouquíssimo, a história não perde o humor e você se identifica com os personagens, que não são heróis e não triunfam. Além disso, sustos e surpresas criam um clima de suspense.
O filme se passa em uma época indefinida, misturando tecnologia e arquitetura dos anos 20, 50, 70 e 2000, e conta a infeliz história de três irmãos, Violet, Klaus e Sunny, que são inteligentes, bonitos e ricos, porém órfãos e com um enorme azar provocado pelo tutor interpretado por Jim Carrey, o conde Olaf, que faz de tudo para conseguir a herança das crianças.
Ao contrário dos personagens que faz em "Ace Ventura" e "O Máskara", Jim Carrey não faz tantas caretas, mas usa tiques e maquiagem, o que o deixa irreconhecível e engraçado. Apesar de ser diferente do livro, a fusão e adaptação dos três primeiros volumes ("Mau Começo", "A Sala dos Répteis" e o "Lago dos Sanguessugas") é divertida e deixa a expectativa de um segundo filme.


Priscila Nemeth, 14, é estudante do 1º ano do ensino médio

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