|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
SEGUNDA FASE
NAS PROVAS DISSERTATIVAS, FORMA DE COMUNICAR O CONTEÚDO DA RESPOSTA AO CORRETOR É IMPORTANTE
Escrever mais do que o pedido não conta pontos
ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Se, na prova da primeira fase da
Fuvest, o aluno teve apenas de
preencher um quadradinho em
um cartão, os que conseguiram
passar para a segunda etapa terão
de se preocupar com a forma de
comunicar o conteúdo da resposta ao corretor. As respostas discursivas também são adotadas na
segunda fase da Unicamp.
Para evitar escrever mais do que
o necessário -já que as respostas
não virão prontas, mas serão elaboradas pelo aluno-, o primeiro
passo é entender bem o que é pedido. "O candidato deve grifar as
palavras principais do enunciado
e a pergunta propriamente dita. É
comum ver um hachurado em
um mapa e escrever o seu significado, sem saber se é aquilo que o
examinador quer", disse Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora do Objetivo.
Sabendo exatamente o que foi
perguntado, evita-se errar algo
que nem foi questionado. No caso
de perguntas diretas, como "identifique" ou "cite", agregar informações ao que é pedido não resultará em mais pontos. "Se uma
pergunta afirma: "identifique a
área hachurada", o vestibulando
deve no máximo dizer "a área hachurada corresponde à região
tal'", disse Antunes.
O raciocínio também vale para
as questões em que é especificado
um número de características, fatores ou dados. Se são pedidos
três, e o candidato citar quatro,
não receberá pontos a mais. Nas
em que o número não é determinado, deve-se citar três aspectos,
ou então os principais deles.
Fabiana Almeida Sato, 19, que
foi aprovada para a segunda fase
da Fuvest, diz costumar escrever
"tudo do que tem certeza". "Se sei
só parte da resposta, dou um jeito
de valorizar esse pouco para ganhar mais pontos", disse ela. Para
evitar repetir parte da resposta de
um item no outro, ela lê o enunciado de todos eles antes de começar a responder às questões.
Nas perguntas da área de exatas,
o vestibulando também não deve
descuidar da redação. As respostas precisam estar claras e bem
estruturadas. "O corretor não adivinhará nada. Deve-se deixar
claro o que pensou", disse Maria
Inez Cerullo, coordenadora do
Cursinho da Poli.
De acordo com ela, além de facilitar a correção, colocar os pensamentos de forma encadeada no
papel facilita o raciocínio. "A resposta não pode "dançar" no papel,
com uma parte em cada canto.
Quanto mais estruturada, melhor
para o próprio estudante chegar à
resposta correta."
Para também não interferir no
raciocínio, ela recomenda que as
contas sejam rascunhadas em algum lugar separado, evitando
"poluir" a resposta.
Texto Anterior: Fique atento Próximo Texto: Temas atuais substituem filosóficos na Fuvest Índice
|