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Temas atuais substituem filosóficos na Fuvest
DA REPORTAGEM LOCAL
Os candidatos que passaram
para a segunda fase da Fuvest em
1988 tiveram de fazer uma redação discutindo se a "realidade é
uma ilusão" e se "tudo é relativo",
tendo como base trechos de obras
de Machado de Assis e de Fernando Pessoa, além de um quadro de
René Magritte em que, embaixo
da figura de um cachimbo, estava
escrito "isto continua a não ser
um cachimbo".
O vestibulando que fará a redação da Fuvest no próximo domingo e que se assustou com o tema
de 1988, considerando-o difícil,
não precisa se desesperar. Desde
o final da década de 90, a Fuvest
tem cobrado cada vez menos temas filosóficos em seus exames,
privilegiando assuntos atuais. No
ano passado, o aluno teve de discutir a auto-estima do brasileiro.
"A Fuvest vem sinalizando uma
mudança de perfil. Os temas filosóficos -considerados mais difíceis pelos alunos- têm sido
substituídos pelos temas atuais
-considerados mais fáceis. Essa
mudança é, em certa medida, positiva, já que facilita a vida da
maioria dos alunos. Mas não podemos descartar totalmente a hipótese de a Fuvest voltar para os
temas filosóficos", disse Eduardo
Calbucci, professor do Anglo.
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