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PROVAS DIFERENTES
Teste oral e método antichute estão entre as particularidades
Na UEM, cada alternativa tem um valor; resposta é a soma dos valores correspondentes às alternativas certas
DA REPORTAGEM LOCAL
Se o ano do vestibular já é,
por si só, estressante, o candidato que escolheu uma prova
menos tradicional tem motivos
extras para se preocupar.
O Fovest pesquisou vestibulares com formatos diferentes,
que não se resumem a questões
de múltipla escolha ou dissertativas. Em São Paulo, dois
exemplos são os vestibulares
do Insper (antigo Ibmec) e da
FGV. Por serem diferentes,
cursinhos da cidade dão aulas
específicas para essas provas.
Desde o meio do ano, o Insper adota a TRI (Teoria de Resposta ao Item), metodologia
presente também no novo
Enem e que detecta chutes. Na
TRI, as questões objetivas recebem pesos diferentes, conforme o grau de dificuldade.
Assim, as respostas do candidato são avaliadas de forma quantitativa e qualitativa.
Já na faculdade de direito da
FGV, o processo seletivo é bastante particular na forma e no
conteúdo. "Não queremos um
vestibular de marcar xis", diz
Adriana de Faria, coordenadora de graduação.
Na primeira fase, discursiva,
destacam-se as questões de inglês, mais exigentes que a média dos vestibulares paulistas.
Na segunda etapa, o formato
é ainda mais inovador. Trata-se
de uma prova oral, de uma hora
e meia de duração, com parte
individual e outra em grupo.
Primeiro, o aluno, sozinho,
fala sobre um dos assuntos
propostos pela banca. Em seguida, os candidatos são divididos em dois grupos e discutem
um tema. Depois, os dois times
contrapõem argumentos, um a
favor, outro contra o tema.
No CPV, a aula de expressão
oral prepara para tal avaliação.
A professora Daniela Aizenstein, responsável por essas aulas, diz que o aluno precisa ter
três habilidades: capacidade de
argumentar, saber trabalhar
em grupo e estar atento a como
se comporta na apresentação.
A preparação para um vestibular "diferentão" quando não
há turmas específicas em cursinhos exige um esforço maior.
No Intergraus, por exemplo,
quando um aluno diz que vai
fazer prova para uma universidade cujo vestibular tem formato diferente, os professores
orientam os alunos a seguirem
três passos. Primeiro, devem
fazer provas anteriores. Em seguida, precisam conhecer o
edital. Por último, o alerta: ele
vai disputar uma vaga com candidatos submetidos a uma preparação específica.
É o caso, por exemplo, de
quem presta UnB (Universidade de Brasília) e UEM (Universidade Estadual de Maringá, no
Paraná) -veja o quadro.
Na UnB, são dois dias de prova, com 120 itens no primeiro e
150 no segundo. As questões
são majoritariamente de certo
e errado. Para inibir a chance
de acertos ao acaso, uma questão errada anula uma certa.
Na UEM, a prova é de alternativas múltiplas. As questões
têm cinco opções, cada uma
com um valor numérico. O
candidato deve somar os valores das alternativas verdadeiras. Ele pode receber pontuação parcial caso a soma não esteja correta porque não apontou todas as opções que deveria. No entanto, se apontar ao
menos uma alternativa errada,
a questão é invalidada.
(PATRÍCIA GOMES)
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