São Paulo, terça-feira, 01 de setembro de 2009
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PROVAS DIFERENTES

Teste oral e método antichute estão entre as particularidades

Na UEM, cada alternativa tem um valor; resposta é a soma dos valores correspondentes às alternativas certas


DA REPORTAGEM LOCAL

Se o ano do vestibular já é, por si só, estressante, o candidato que escolheu uma prova menos tradicional tem motivos extras para se preocupar.
O Fovest pesquisou vestibulares com formatos diferentes, que não se resumem a questões de múltipla escolha ou dissertativas. Em São Paulo, dois exemplos são os vestibulares do Insper (antigo Ibmec) e da FGV. Por serem diferentes, cursinhos da cidade dão aulas específicas para essas provas.
Desde o meio do ano, o Insper adota a TRI (Teoria de Resposta ao Item), metodologia presente também no novo Enem e que detecta chutes. Na TRI, as questões objetivas recebem pesos diferentes, conforme o grau de dificuldade. Assim, as respostas do candidato são avaliadas de forma quantitativa e qualitativa.
Já na faculdade de direito da FGV, o processo seletivo é bastante particular na forma e no conteúdo. "Não queremos um vestibular de marcar xis", diz Adriana de Faria, coordenadora de graduação.
Na primeira fase, discursiva, destacam-se as questões de inglês, mais exigentes que a média dos vestibulares paulistas.
Na segunda etapa, o formato é ainda mais inovador. Trata-se de uma prova oral, de uma hora e meia de duração, com parte individual e outra em grupo.
Primeiro, o aluno, sozinho, fala sobre um dos assuntos propostos pela banca. Em seguida, os candidatos são divididos em dois grupos e discutem um tema. Depois, os dois times contrapõem argumentos, um a favor, outro contra o tema.
No CPV, a aula de expressão oral prepara para tal avaliação. A professora Daniela Aizenstein, responsável por essas aulas, diz que o aluno precisa ter três habilidades: capacidade de argumentar, saber trabalhar em grupo e estar atento a como se comporta na apresentação.
A preparação para um vestibular "diferentão" quando não há turmas específicas em cursinhos exige um esforço maior.
No Intergraus, por exemplo, quando um aluno diz que vai fazer prova para uma universidade cujo vestibular tem formato diferente, os professores orientam os alunos a seguirem três passos. Primeiro, devem fazer provas anteriores. Em seguida, precisam conhecer o edital. Por último, o alerta: ele vai disputar uma vaga com candidatos submetidos a uma preparação específica.
É o caso, por exemplo, de quem presta UnB (Universidade de Brasília) e UEM (Universidade Estadual de Maringá, no Paraná) -veja o quadro.
Na UnB, são dois dias de prova, com 120 itens no primeiro e 150 no segundo. As questões são majoritariamente de certo e errado. Para inibir a chance de acertos ao acaso, uma questão errada anula uma certa.
Na UEM, a prova é de alternativas múltiplas. As questões têm cinco opções, cada uma com um valor numérico. O candidato deve somar os valores das alternativas verdadeiras. Ele pode receber pontuação parcial caso a soma não esteja correta porque não apontou todas as opções que deveria. No entanto, se apontar ao menos uma alternativa errada, a questão é invalidada.
(PATRÍCIA GOMES)


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