São Paulo, terça-feira, 03 de fevereiro de 2009
  Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

TIC-TAC

Aluno pode pedir a cursinho para fazer aulas como teste

Conhecer antes o material didático ajuda na escolha

RAFAEL SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL

A maioria dos cursinhos aceita que o aluno faça duas ou três aulas como teste antes da matrícula, experiência que pode ajudar a escolha de quem está na dúvida. A dica é de Benjamin Ribeiro da Silva, presidente do Sieeesp, sindicato que representa escolas particulares e cursinhos em São Paulo. "Isso é importante para o candidato saber se está confortável na sala de aula e se os professores têm boa didática", diz Silva.
O candidato também deve aproveitar para checar se os colegas são receptivos e se a escola oferece boa estrutura. "Sempre dá para visitar o cursinho antes de se matricular, mas muita gente nem cogita isso", diz William Saito, diretor do cursinho COC em São Paulo.
O aluno deve ficar atento com o tempo que vai passar na sala de aula e com as atividades extraclasse, como plantões de dúvida, diz o coordenador do Objetivo, Caio Calçada. "Quanto maior a carga horária, mais caro é o cursinho, mas melhor vai ser o aproveitamento do aluno."
Só que o estudante tem que conhecer o próprio ritmo -não adianta optar por um curso integral, com aulas aos sábados, se isso for deixá-lo cansado. "O conselho parece banal, mas saber conciliar o tempo de estudos com o de diversão é essencial", afirma Calçada.
Como a oferta de cursinhos é grande, o candidato deve escolher com calma e, na hora da visita, ouvir colegas que já estudam no local.
É o que fez o vestibulando Pedro Trecco, 18, que prestou engenharia química na UFSCar. Ele não está com muita esperança de ver o seu nome na lista de aprovados prevista para hoje, e já se matriculou em um cursinho -uma das coisas que o motivou foram os comentários de amigos. "Escolhi, também, porque é perto da minha casa e eu consegui um desconto bom com a prova de bolsa."
Outra medida importante é pedir para verificar o material didático antes da matrícula.
Segundo os coordenadores de cursinhos, é fundamental que os livros sejam atualizados todo ano, porque as questões cobradas no vestibular também mudam. A prova da primeira fase da Fuvest, por exemplo, abordou o centenário do nascimento de Charles Darwin, comemorado neste ano, em uma questão de biologia.
Alguns cursinhos fazem estoque de material didático por até cinco anos e mantém aulas baseadas em livros velhos, diz Saito, diretor do COC. "Isso é sinal de que o ensino não é bom."

Turmas pequenas
Outra coisa a ser levada em conta é o tamanho das turmas. "Menos gente na sala de aula significa que o professor pode dar uma atenção maior a cada um", afirma Paulo Roberto de Savino, coordenador pedagógico do Intergraus.
O ideal, afirma Savino, é que o cursinho acompanhe as dificuldades do estudante de forma individual ou em plantões de orientação, por exemplo.
O preço da mensalidade também é um fator que pesa na escolha do aluno. "Uma boa opção é aquela que cabe no bolso e que contempla o que o aluno quer como carreira", diz Calçada.
Uma alternativa são os cursinhos populares, com mensalidades acessíveis a quem tem baixa renda. "Não oferecemos luxo, mas prezamos pela qualidade no ensino. Aqui há aulas de reforço todo sábado para redação e matemática, além das turmas no matutino e vespertino", afirma Augusta Aparecida Pereira, coordenadora do Cursinho do XI de Agosto.
Criado há 13 anos, o cursinho tem cerca de 180 alunos. "Oferecemos cinco simulados ao longo do ano. Vários de nossos alunos estão em boas universidades", diz ela.


Texto Anterior: Quem não passar na 1ª lista deve declarar interesse por vaga
Próximo Texto: Tic-Tac: Momento é de avaliar por que não passou e programar ano de estudo
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.