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TIC-TAC
Aluno pode pedir a cursinho para fazer aulas como teste
Conhecer antes o material didático ajuda na escolha
RAFAEL SAMPAIO
DA REPORTAGEM LOCAL
A maioria dos cursinhos aceita que o aluno faça duas ou três
aulas como teste antes da matrícula, experiência que pode
ajudar a escolha de quem está
na dúvida. A dica é de Benjamin
Ribeiro da Silva, presidente do
Sieeesp, sindicato que representa escolas particulares e
cursinhos em São Paulo. "Isso é
importante para o candidato
saber se está confortável na sala
de aula e se os professores têm
boa didática", diz Silva.
O candidato também deve
aproveitar para checar se os colegas são receptivos e se a escola
oferece boa estrutura. "Sempre
dá para visitar o cursinho antes
de se matricular, mas muita
gente nem cogita isso", diz William Saito, diretor do cursinho
COC em São Paulo.
O aluno deve ficar atento com
o tempo que vai passar na sala
de aula e com as atividades extraclasse, como plantões de dúvida, diz o coordenador do Objetivo, Caio Calçada. "Quanto
maior a carga horária, mais caro
é o cursinho, mas melhor vai ser
o aproveitamento do aluno."
Só que o estudante tem que
conhecer o próprio ritmo -não
adianta optar por um curso integral, com aulas aos sábados,
se isso for deixá-lo cansado. "O
conselho parece banal, mas saber conciliar o tempo de estudos com o de diversão é essencial", afirma Calçada.
Como a oferta de cursinhos é
grande, o candidato deve escolher com calma e, na hora da visita, ouvir colegas que já estudam no local.
É o que fez o vestibulando Pedro Trecco, 18, que prestou engenharia química na UFSCar.
Ele não está com muita esperança de ver o seu nome na lista
de aprovados prevista para hoje, e já se matriculou em um
cursinho -uma das coisas que
o motivou foram os comentários de amigos. "Escolhi, também, porque é perto da minha
casa e eu consegui um desconto
bom com a prova de bolsa."
Outra medida importante é
pedir para verificar o material
didático antes da matrícula.
Segundo os coordenadores
de cursinhos, é fundamental
que os livros sejam atualizados
todo ano, porque as questões
cobradas no vestibular também
mudam. A prova da primeira fase da Fuvest, por exemplo,
abordou o centenário do nascimento de Charles Darwin, comemorado neste ano, em uma
questão de biologia.
Alguns cursinhos fazem estoque de material didático por até
cinco anos e mantém aulas baseadas em livros velhos, diz Saito, diretor do COC. "Isso é sinal
de que o ensino não é bom."
Turmas pequenas
Outra coisa a ser levada em
conta é o tamanho das turmas.
"Menos gente na sala de aula
significa que o professor pode
dar uma atenção maior a cada
um", afirma Paulo Roberto de
Savino, coordenador pedagógico do Intergraus.
O ideal, afirma Savino, é que o
cursinho acompanhe as dificuldades do estudante de forma
individual ou em plantões de
orientação, por exemplo.
O preço da mensalidade também é um fator que pesa na escolha do aluno. "Uma boa opção
é aquela que cabe no bolso e que
contempla o que o aluno quer
como carreira", diz Calçada.
Uma alternativa são os cursinhos populares, com mensalidades acessíveis a quem tem
baixa renda. "Não oferecemos
luxo, mas prezamos pela qualidade no ensino. Aqui há aulas
de reforço todo sábado para redação e matemática, além das
turmas no matutino e vespertino", afirma Augusta Aparecida
Pereira, coordenadora do Cursinho do XI de Agosto.
Criado há 13 anos, o cursinho
tem cerca de 180 alunos. "Oferecemos cinco simulados ao
longo do ano. Vários de nossos
alunos estão em boas universidades", diz ela.
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