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REDAÇÃO DO LEITOR
Falta de fluência compromete o texto
THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA
O texto parte da constatação
de que vivemos em uma sociedade preconceituosa, cujos
valores, conservadores e arraigados, apartam aqueles cujo
comportamento não se enquadra nas regras tácitas.
O homossexualismo ainda é
uma prática considerada tabu
na sociedade, mas vem ganhando visibilidade pouco a
pouco. A campanha de prevenção da Aids realizada pelo Ministério da Saúde tratou com naturalidade a existência dos
pares homossexuais, propondo um modelo de relacionamento familiar pautado pela
solidariedade.
Pode-se dizer que, para além
da campanha de combate à
doença, as inserções televisivas
fizeram que as pessoas pensassem sobre o homossexualismo.
E esse era o tema sobre o qual o
estudante deveria discorrer.
Afinal, a sociedade continua
preconceituosa ou já aceita as
diferentes escolhas sexuais sem
discriminá-las? A questão da
Aids e da sua prevenção não está em pauta. Daí a sua referência no texto estar deslocada.
A dissertação tem boa conclusão, em que propõe claramente a diversidade sexual como um direito a ser respeitado
e o preconceito como um mal a
ser combatido em nome de
uma vida melhor para todos.
O desenvolvimento ainda
fraco não é o maior problema
do texto. O que mais compromete o seu resultado são os tropeços no uso do vocabulário, a
dificuldade de expressão, enfim, a falta de fluência. Nada
que o hábito da leitura e o treino não possam fazer superar.
Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha
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