São Paulo, quinta-feira, 04 de julho de 2002
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REDAÇÃO DO LEITOR

Falta de fluência compromete o texto

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

O texto parte da constatação de que vivemos em uma sociedade preconceituosa, cujos valores, conservadores e arraigados, apartam aqueles cujo comportamento não se enquadra nas regras tácitas.
O homossexualismo ainda é uma prática considerada tabu na sociedade, mas vem ganhando visibilidade pouco a pouco. A campanha de prevenção da Aids realizada pelo Ministério da Saúde tratou com naturalidade a existência dos pares homossexuais, propondo um modelo de relacionamento familiar pautado pela solidariedade.
Pode-se dizer que, para além da campanha de combate à doença, as inserções televisivas fizeram que as pessoas pensassem sobre o homossexualismo. E esse era o tema sobre o qual o estudante deveria discorrer. Afinal, a sociedade continua preconceituosa ou já aceita as diferentes escolhas sexuais sem discriminá-las? A questão da Aids e da sua prevenção não está em pauta. Daí a sua referência no texto estar deslocada.
A dissertação tem boa conclusão, em que propõe claramente a diversidade sexual como um direito a ser respeitado e o preconceito como um mal a ser combatido em nome de uma vida melhor para todos.
O desenvolvimento ainda fraco não é o maior problema do texto. O que mais compromete o seu resultado são os tropeços no uso do vocabulário, a dificuldade de expressão, enfim, a falta de fluência. Nada que o hábito da leitura e o treino não possam fazer superar.


Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha


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