EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA

Já se acostumou a levantar uma hora mais cedo? A pergunta vale só se você morar nas regiões Centro-Oeste, Sudeste ou Sul.
É que desde terça-feira, dia 2, está vigorando o horário de verão nessas regiões, o que significa que os relógios foram adiantados em uma hora.
O resultado é que, se você acordava às 6h da manhã, agora está acordando às 5h. Só que o relógio (ou o que sobrou dele depois de inúmeras cacetadas) está marcando 6h.
Vamos aproveitar esses dias mais longos para recordar coisas básicas -mas nada fáceis- sobre o horário de verão, como o fato de ser adotado apenas nas regiões em que há uma diferença mais significativa entre os períodos de insolação, popularmente conhecidos como a duração do dia e da noite.
Esse não é o caso das regiões Norte e Nordeste, que possuem a maior parte de seus territórios em latitudes menores, ou seja, estão mais próximos da linha do Equador -onde não se observa grande variação no período de insolação ao longo das diferentes estações do ano. Dessa forma, tanto os dias quanto as noites têm durações muito próximas de 12 horas.
O horário de verão busca basicamente aproveitar a maior duração do dia para substituir, no amanhecer e no anoitecer, parte da utilização de luz artificial pela luz natural. Assim, além de economizar energia, ainda promove a diminuição dos riscos de sobrecarga do sistema ao evitar os picos de consumo típicos do início da noite, evitando que a iluminação pública e grande parte dos chuveiros sejam acionados ao mesmo tempo.
Aqui no hemisfério Sul, o dia começa a ficar mais longo do que a noite a partir do equinócio da primavera. Nesse momento, o sol ilumina os hemisférios Norte e Sul da mesma maneira. Mas, com a translação do planeta, o hemisfério Sul vai sendo gradativamente mais iluminado, fazendo com que, já na primavera, o dia fique cada vez mais longo do que a noite nesse hemisfério, viabilizando o início do horário "de verão" ainda nessa estação.