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UNICAMP
Abrangente, vestibular inclui duas provas por dia
2ª fase que começa no domingo faz parte do último exame 100% dissertativo
DA REPORTAGEM LOCAL
A segunda fase da Unicamp,
que começa neste domingo,
põe fim à maratona dos principais vestibulares do país.
Serão quatro dias de provas,
entre 10 e 13 de janeiro. Ao todo, 14.706 candidatos disputam
3.444 vagas em 66 cursos da
universidade e mais dois da Famerp (Faculdade de Medicina
de São José do Rio Preto).
Os portões serão abertos às
13h e fechados às 13h45. A prova começa às 14h.
Para os candidatos a uma vaga em universidade pública, a
prova da Unicamp representa o
final de uma pesada sequência
de vestibulares. Será o último
grande processo seletivo no Estado de São Paulo; as provas de
USP, Unesp, UFSCar e Unifesp
ocorreram entre novembro e o
início deste mês.
Lucas Watanabe Silva, 18, fez
todas essas provas -mais o
Enem, no mês passado- e agora se prepara para a Unicamp,
onde é candidato a uma vaga de
engenharia química. Em um
período de nove dias, ele fez
seis provas -e hoje tem mais,
com o terceiro e último dia da
segunda fase da Fuvest.
"É muito cansativo. Estou
tentando descansar nas festas e
pelo menos antes das provas",
disse ele pouco antes do Natal.
"Depois, quero aproveitar um
pouco as férias."
A prova que aguarda Lucas
faz parte do último vestibular
100% discursivo da Unicamp. A
partir do próximo ano, o exame
terá também, pela primeira
vez, questões de múltipla escolha (leia mais na página 4).
Desta vez, são provas de oito
matérias, duas por dia. Abrangente, o vestibular cobra disciplinas de todas as áreas.
Segundo cursinhos, as provas
são difíceis e exigem muito dos
candidatos. "É normal o aluno
passar mesmo se não obtiver
um desempenho tão bom em
alguma matéria. Se isso acontecer, a recomendação é não desanimar", afirma Edmilson
Motta, coordenador do Etapa.
Na prova de literatura, por
exemplo, é costume cobrar até
seis das nove obras literárias
obrigatórias.
"As questões são de nível
muito complexo. O aluno não
pode ficar atento só aos personagens principais. Tem de saber também os secundários, se
aprofundar no enredo", diz
Cristiane Bastos, do Cursinho
da Poli. Ela sugere que o candidato faça resumos dos livros
para ajudar na compreensão.
A anunciada dificuldade do
vestibular não desanima Victor
Emanuel Pinto, 19, que tenta
uma vaga em medicina. "A prova é dissertativa. Fico confiante
em escrever, porque existe
meio certo. Há mais possibilidades de nota. Em múltipla escolha ou está certo ou errado."
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