ELIANA COLLUCCI
ESPECIAL PARA A FOLHA

As plantas podem ser definidas genericamente como um grupo de organismos fotossintetizantes com clorofilas a e b, caracterizado por estocar os produtos da fotossíntese nos plastídeos e por possuir paredes celulares feitas de celulose.
Dois grandes grupos constituem as plantas. Um deles consiste em parte dos organismos considerados "algas verdes" (formas microscópicas de água doce e grandes algas marinhas). O outro contém as plantas terrestres -briófitas, pteridófitas e fanerógamas (gimnospermas e angiospermas)- e as "algas verdes" mais próximas filogeneticamente a elas.
Nas briófitas e pteridófitas, o ciclo de vida é diplobionte (do grego diplo, dois, e bionte, organismo), ou seja, consiste na alternância de uma fase de indivíduos diplóides com uma fase de indivíduos haplóides (alternância de gerações). Nos indivíduos diplóides (esporófitos), algumas células sofrem meiose, dando origem a um conjunto de células haplóides, os esporos. Em ambiente propício, eles se desenvolvem até constituírem o gametófito, que é haplóide. Por meio de mitoses e de diferenciação celular, algumas células dos gametófitos dão origem a gametas. Estes podem fecundar-se, formando um zigoto diplóide, que, após mitoses sucessivas, origina o esporófito diplóide, reiniciando o ciclo.
Nas briófitas e pteridófitas, o gametófito é o indivíduo duradouro, e o esporófito depende dele. No ciclo diplobionte, a meiose é espórica ou intermediária. Esse ciclo pode receber o nome de haplodiplobionte. Nas fanerógamas, o ciclo de vida é haplobionte (do grego haplo, único). O esporófito passa a ser o indivíduo dominante. A meiose ocorre nos adultos diplóides, levando à formação de gametas. Unidos, os gametas originam o zigoto diplóide, que se desenvolve no adulto. Como a meiose leva à formação de gametas, fala-se em meiose gamética.