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ATUALIDADES
Otan aprova a entrada de novos membros
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
O comando da Organização do
Tratado do Atlântico Norte
(Otan) convidou sete novos países para se integrarem à aliança
transatlântica. Bulgária, Estônia,
Letônia, Lituânia, Romênia, Eslováquia e Eslovênia passarão a fazer parte da organização em 2004.
A Otan passará a contar com 26
membros e o seu poder se estenderá sobre Estados que, por décadas, estiveram sob o rígido controle de Moscou.
Os novos integrantes, que pertenciam à extinta aliança militar
dos países do Leste Europeu, o
Pacto de Varsóvia, criado em 1955
sob a liderança da União Soviética, devem comprometer-se com a
proteção recíproca dos países-membros e também com a modernização das suas Forças Armadas.
Superada a Guerra Fria, com a
queda do Muro de Berlim e a posterior desintegração da ex-URSS,
o Pacto de Varsóvia deixou de
existir. A Otan, que surgiu em
1949 como uma força militar para
a proteção conjunta dos países capitalistas, perdeu sua função original, que era responder à ameaça
de expansão soviética. Transformou-se na única e mais poderosa
aliança militar do Ocidente submetida ao controle de Washington. Nesse contexto, que se convencionou chamar de "pax americana", os Estados Unidos apresentam-se como os únicos capazes de garantir a estabilidade do
planeta, graças ao seu poderio de
intervenção global.
Colocada à margem pelos EUA
nessa "guerra contra o terror", a
organização tem procurado reestruturar-se para responder aos
desafios atuais. George W. Bush,
disposto a recuperar o prestígio
da sua liderança, agora sem os arroubos de unilateralismo que caracterizaram o seu governo, procurou seus aliados da Otan, inclusive os novos convidados, conclamando-os a auxiliarem no desarmamento do Iraque e a se alinharem no combate sem trégua ao
terrorismo internacional.
Roberto Candelori é coordenador da Cia.
de Ética, professor da Escola Móbile e do
Objetivo. E-mail: rcandelori@uol.com.br
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