LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

Escolher uma boa faculdade não é apenas o primeiro passo para a conquista de um diploma respeitado de graduação. Cursar uma instituição que permita ao estudante o pleno desenvolvimento acadêmico vai habilitá-lo a acompanhar as constantes mudanças do mundo atual.
"O curso de direito, por exemplo, está entrando em uma nova fronteira do conhecimento devido às questões ambientais", diz. "Essa ciência terá de se adaptar, assim como o profissional da área. E só participa desse processo quem tem uma base sólida", afirma Ricardo Gattas, diretor da Academia Brasileira de Ciências e ex-reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro
Para entrar no mercado de trabalho, que demanda profissionais inovadores, é preciso saber lidar com o conhecimento. Para isso, deve-se cursar uma universidade que possua um corpo docente com experiência na produção de idéias. "O professor que faz pesquisas e participa de grupos de discussões oferecerá ao aluno uma visão mais completa e diferenciada de um determinado fato descrito nos livros", diz Gattas.
Antes de optar por um curso e por uma faculdade, o estudante deve procurar saber qual é o grau de titularidade (mestrado e doutorado) dos professores, pois essa é a primeira evidência de um quadro profissional qualificado.
Segundo Tancredo Maia Filho, diretor da área de avaliação do ensino superior do Inep (órgão do Ministério da Educação), as instituições são obrigadas a disponibilizar um catálogo com a relação do corpo docente e as avaliações do MEC sobre o curso.
O provão é o mais conhecido dos instrumentos que compõem o sistema de avaliação do ministério. "Mas há outras análises a que os estudantes devem ficar atentos. É o caso da avaliação das condições de ensino, feita por uma equipe que vai às instituições."
"A recomendação é que o estudante também faça uma visita à universidade para ver se gosta do ambiente", diz Maia Filho.
O acesso a sistemas informatizados é outro aspecto a ser considerado. "A informática é uma nova forma de comunicação e, caso os alunos não sejam familiarizados com essa linguagem, terão a sua formação comprometida", afirma Celi Taffareu, secretária-geral do Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior).



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