São Paulo, terça-feira, 08 de dezembro de 2009
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CARREIRA

Biomedicina tem 33 campos de atuação regulamentados

PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

Quem escolhe fazer vestibular para biomedicina porque quer medicina, mas acha que não vai passar, está fazendo a opção pelo motivo errado. Primeiro, porque a carreira também é uma das concorridas dos vestibulares. Depois, porque, para ser biomédico, é preciso se dedicar -e muito- ao estudo da vasta área da saúde.
Vasta mesmo: existem 33 habilitações autorizadas pelo Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) nas quais o biomédico pode atuar. De acordo com o Conselho Regional da 1ª Região, ao qual São Paulo está ligado, 63% dos profissionais se concentram numa habilitação, as análises clínicas -que são exames de rotina, como os de sangue, feitos em laboratório.
Nas análises clínicas, o biomédico realiza exames, analisa resultados, firma laudos.
Fora o destino tradicional, o profissional pode atuar nos campos de análise ambiental, microbiologia, hematologia, bioquímica, biofísica, banco de sangue, virologia, fisiologia, saúde pública, radiologia, imagenologia, análises bromatológicas, acupuntura, genética, embriologia, entre outros.
Em geral, a habilitação é escolhida no último ano de curso, quando os alunos devem estagiar na área e podem escolher disciplinas mais específicas.
Na Unesp, o aluno pode optar por até duas habilitações. "Com tantas possibilidades de atuação, a inserção no mercado, não é difícil", diz a professora Maria José Queirós, coordenadora do curso, em Botucatu, cuja concorrência chega 25,1 candidatos por vagas, a nona mais disputada do vestibular da Unesp.
Camila Sposito, 23, formanda da FMU, está prestes a encarar o mercado de trabalho, mas não tem medo. Ela fez optou por pelas habilitações de análises clínicas e reprodução humana. "Pela praticidade da profissão, acho que não vou ter problemas", diz.
No início, conta Camila, ela pensava em fazer medicina. Mas conheceu a carreira de biomedicina e se apaixonou.
O que aconteceu com Camila não é raro. Segundo Vera Lúcia Antunes, coordenadora do Objetivo, muitos alunos que procuram biomedicina pensaram, primeiro, em medicina.
"Alguns optam pela biomedicina por achar a medicina mais difícil; outros se informam e acabam se interessando por biomedicina de verdade", diz.
Para quem vive essa dúvida, Pedro Virgílio De Bellis, coordenador da biomedicina na FMU, ajuda a diferenciar as duas carreiras. Segundo o professor, a área de atuação dos dois profissionais é bem parecida, mas há diferenças importantes. A maior delas é que o biomédico não pode clinicar. "O biomédico é ligado à docência e à pesquisa, ao apoio ao diagnóstico", diz.


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