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CARREIRA
Biomedicina tem 33 campos de atuação regulamentados
PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL
Quem escolhe fazer vestibular para biomedicina porque
quer medicina, mas acha que
não vai passar, está fazendo a
opção pelo motivo errado. Primeiro, porque a carreira também é uma das concorridas dos
vestibulares. Depois, porque,
para ser biomédico, é preciso se
dedicar -e muito- ao estudo
da vasta área da saúde.
Vasta mesmo: existem 33 habilitações autorizadas pelo
Conselho Federal de Biomedicina (CFBM) nas quais o biomédico pode atuar. De acordo
com o Conselho Regional da 1ª
Região, ao qual São Paulo está
ligado, 63% dos profissionais se
concentram numa habilitação,
as análises clínicas -que são
exames de rotina, como os de
sangue, feitos em laboratório.
Nas análises clínicas, o biomédico realiza exames, analisa
resultados, firma laudos.
Fora o destino tradicional, o
profissional pode atuar nos
campos de análise ambiental,
microbiologia, hematologia,
bioquímica, biofísica, banco de
sangue, virologia, fisiologia,
saúde pública, radiologia, imagenologia, análises bromatológicas, acupuntura, genética,
embriologia, entre outros.
Em geral, a habilitação é escolhida no último ano de curso,
quando os alunos devem estagiar na área e podem escolher
disciplinas mais específicas.
Na Unesp, o aluno pode optar
por até duas habilitações. "Com
tantas possibilidades de atuação, a inserção no mercado, não
é difícil", diz a professora Maria
José Queirós, coordenadora do
curso, em Botucatu, cuja concorrência chega 25,1 candidatos por vagas, a nona mais disputada do vestibular da Unesp.
Camila Sposito, 23, formanda da FMU, está prestes a encarar o mercado de trabalho, mas
não tem medo. Ela fez optou
por pelas habilitações de análises clínicas e reprodução humana. "Pela praticidade da profissão, acho que não vou ter
problemas", diz.
No início, conta Camila, ela
pensava em fazer medicina.
Mas conheceu a carreira de
biomedicina e se apaixonou.
O que aconteceu com Camila
não é raro. Segundo Vera Lúcia
Antunes, coordenadora do Objetivo, muitos alunos que procuram biomedicina pensaram,
primeiro, em medicina.
"Alguns optam pela biomedicina por achar a medicina mais
difícil; outros se informam e
acabam se interessando por
biomedicina de verdade", diz.
Para quem vive essa dúvida,
Pedro Virgílio De Bellis, coordenador da biomedicina na
FMU, ajuda a diferenciar as
duas carreiras. Segundo o professor, a área de atuação dos
dois profissionais é bem parecida, mas há diferenças importantes. A maior delas é que o
biomédico não pode clinicar.
"O biomédico é ligado à docência e à pesquisa, ao apoio ao
diagnóstico", diz.
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