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Aprovados estudavam matérias do dia e mantinham horários de lazer
DA REPORTAGEM LOCAL
Estudar à tarde a matéria
que teve pela manhã no cursinho e não abrir mão de um horário durante a semana reservado apenas para o lazer. Foi
isso o que fizeram Raphael
Barroso Kato e Igor Leonardo
Padovesi Mota, ambos de 18
anos, que no ano passado faziam cursinho e, hoje, estudam medicina na USP.
Kato, que foi o primeiro colocado geral na Unesp, passou
também na Unifesp, na Unicamp e na Famema (Faculdade de Medicina de Marília). Ele
fazia cursinho pela manhã e,
quando chegava a sua casa, estudava das 14h às 18h. Ele ficava com as apostilas até mais
tarde apenas quando tinha
matéria acumulada. Todos os
dias, ele levava o jornal para o
cursinho e lia os assuntos principais durante os intervalos.
Mesmo em ano de vestibular, ele não abandonou um
campeonato de futebol em seu
clube, onde jogava pelo menos
um dia por semana. "Não pode deixar tudo de lado. O lazer
também é importante", disse
ele, que também não estudava
aos domingos.
Já as baladas de sábado ficaram mais raras. "Eu tinha aulas nas manhãs de sábado e, quando chegava em casa, repassava a matéria do dia, o que
cansava bastante."
Mota foi o sétimo colocado
em medicina na USP e o 18º na
classificação geral, além de ter
sido aprovado na Unicamp e
na Unifesp. Diferentemente de
Kato, ele não estudava quando
chegava das aulas de sábado
no cursinho, mas quase sempre aproveitava o dia para sair
com os amigos.
A matéria vista na semana
era repassada no domingo,
quando também colocava em
dia tópicos atrasados. Nos dias
de semana, ao chegar da aula,
ele procurava descansar até
por volta das 15h30, quando
começava a estudar as matérias do dia até as 22h.
Segundo Mota, o que fez diferença em seu desempenho
foi a preparação que começou
a fazer já no primeiro ano do
ensino médio. "No colegial,
como sabia que queria medicina e era difícil, comecei a estudar não só para as provas, mas
pensando mais para a frente."
Além de estudar por conta
própria alguns tópicos, ele
participava de simulados abertos em cursinhos e prestou
vestibular como treineiro para
se adaptar à prova.
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