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CARREIRA
Campo de atuação do psicólogo cresce
ONGs e agremiações de esportes são alguns dos setores que têm contratado esses profissionais
NATÁLIA SOARES
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Antes mais restrito ao consultório, à escola e à empresa, o
campo de atuação do psicólogo
tem se expandido. Áreas como
a jurídica, a do esporte e a do
ambiente têm contratado cada
vez mais esses profissionais.
Para Irani Tomiatto, coordenadora do curso do Mackenzie,
a profissão também tem sido
mais valorizada.
"Em qualquer área da vida do
ser humano, o equilíbrio emocional e a sua capacidade de se
relacionar são importantes.
Então você pode inserir a possibilidade de trabalho do psicólogo em qualquer lugar", diz.
"O mercado hoje é muito melhor do que na época em que eu
me formei. Antes, as possibilidades se resumiam à escola, ao
consultório ou à empresa, e hoje o psicólogo tem uma multiplicidade de campos de atuação", diz Hilda Capelão Avoglia,
coordenadora do curso da Universidade Metodista de São
Paulo. "Organizações não governamentais e agremiações de
esportes são alguns dos setores
que têm apresentado uma forte
demanda de profissionais."
Nas empresas, a crescente
preocupação dos empregadores com as condições psicológicas de seus funcionários tem
motivado a contratação desses
profissionais, que podem desempenhar funções na área de
recursos humanos.
A atuação vai desde o recrutamento e a seleção, passando
pela orientação de carreiras e
chegando ao desenvolvimento
e ao treinamento de profissionais. "É uma das áreas com melhores possibilidades salariais",
afirma Plínio Maciel Jr., coordenador da graduação da PUC-SP. "Mas também temos muitos alunos indo trabalhar na
saúde pública, em hospitais, em
abrigos e outras instituições."
Fabiano Fonseca, psicólogo
do setor de orientação profissional da USP, lembra também
que há oportunidades na área
jurídica, onde o psicólogo pode
trabalhar em processos de adoção, em conselhos tutelares e
com presidiários.
Outra área que tem surgido
como tendência é a ambiental,
na qual o psicólogo trabalha
com arquitetos e engenheiros
para pensar soluções de bem-estar e sustentabilidade. "A
grande questão é encontrar um
nicho de mercado. É uma profissão que dá retorno a médio
prazo, não é de pleno emprego", alerta Fonseca.
O contato dos estudantes
com a prática ocorre já no início da faculdade, quando os alunos passam pelo estágio obrigatório e têm a oportunidade de
ver os profissionais atuando.
Já no fim da faculdade, os
universitários têm a oportunidade de atender a pacientes,
mas sempre com supervisão.
Durante o curso, há disciplinas
como sociologia, filosofia, história da psicologia e até farmacologia e neurologia.
"O aluno deve ter uma visão
integrada do que é o ser humano, até para saber a hora de encaminhar um paciente a um
neurologista ou a um psiquiatra", explica Plínio Maciel Jr,
da PUC-SP.
Formada pelo Mackenzie no
ano de 2006, Lilian Veronese,
26, trabalha hoje no Centro de
Ensino São José, instituição
que atua na inclusão de crianças deficientes.
Ela diz que descobriu a sua
vocação ao longo do curso e que
é preciso aproveitar todas as
possibilidades que a universidade oferece. "A inserção no
mercado não é fácil. Logo que
eu me formei, recebi o convite
de uma professora para trabalhar na escola. É preciso, desde
cedo, aproveitar os espaços da
faculdade. E também refletir
bastante sobre a carreira, justamente para poder cavar o espaço da psicologia em qualquer
lugar em que você vá trabalhar", recomenda.
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