São Paulo, quarta-feira, 10 de novembro de 2010
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EXAME NACIONAL

"Foi uma confusão", conta aluna que pegou prova amarela do Enem

DE SÃO PAULO - Enquanto a Justiça entende que a prova de sábado do Enem deve ser anulada, e o Ministério da Educação tenta manter a validade do exame, candidatos prejudicados se queixam.
Andressa Marques, 18, que fez o Enem na UFPE (federal de Pernambuco), recebeu uma prova amarela com defeito, mas não conseguiu trocá-la.
Segundo ela, os alunos foram orientados a preencher da forma como era possível, deixando as questões que faltavam em branco. "Foi uma confusão", conta ela.
A situação também foi relatada ao Fovest por alunos que fizeram a prova no Paraná.
Eloísa Zanella, 20, que prestou o exame na PUC-PR, defende a anulação do exame, mesmo tendo recebido uma prova completa.
"Fazer a prova só para alguns será desigual. Quem faz vestibular estuda muito, não pode ser prejudicado."
Até o início da tarde de ontem, o MEC tentava anular a decisão da Justiça Federal do Ceará, que pediu a suspensão do Enem em todo o país. A juíza Carla de Almeida Miranda Maia considerou que a aplicação de um novo exame para apenas parte dos participantes os colocaria em desigualdade em relação aos outros.
A proposta do MEC é aplicar um novo exame apenas para os cerca de 2.000 estudantes que não teriam conseguido trocar a prova amarela com defeito. Ao todo, 3,4 milhões de pessoas fizeram a prova.
A gráfica RR Donnelley Moore, responsável pela impressão do exame neste ano, admitiu que cerca de 21 mil cadernos com problemas foram distribuídos.


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