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A DISTÂNCIA
Preconceito existe, mas mercado aceita melhor hoje aluno de curso a distância
24 de 32 empresas ouvidas por associação não fazem diferença entre tipo de formação
ANNA CAROLINA CARDOSO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Na hora de optar por um curso a distância, uma dúvida pode
passar pela cabeça dos alunos:
será que vou estar em desvantagem no mercado de trabalho?
Segundo uma pesquisa feita
pela Abed (Associação Brasileira de Educação a Distância), a
resposta é não, mas só entre
empresas que já têm uma cultura de educação a distância
entre os seus funcionários.
No CensoEAD.br/Abed, ainda inédito, de 32 grandes empresas, como Vale e Petrobras,
24 (75%) responderam que não
faz diferença, durante um processo seletivo, que o profissional seja formado por um curso
presencial ou a distância.
Para o presidente da Abed,
Fredric Michael Litto, apesar
de ainda haver preconceito, o
cenário tem melhorado principalmente porque a qualidade
dos cursos evoluiu.
Na Natura, por exemplo, o
ensino a distância é bastante
utilizado na capacitação de
seus funcionários. Segundo a
gerente de educação corporativa, Denise Asnis, não interessa
se o curso é presencial ou a distância, desde que seja reconhecido pelo MEC.
Para Constantino Cavalheiro, diretor da Catho Educação
Executiva, "o que importa é se a
pessoa sabe ou não fazer algo, e
não como ela aprendeu". Mas
ele recomenda ter cuidado na
hora da escolha. Segundo Cavalheiro, o que faz a diferença é a
credibilidade da faculdade.
A professora Simone do Nascimento da Costa, 29, se preocupou em escolher uma instituição que foi recomendada
por outros alunos e fez um curso de gerenciamento de recursos humanos na Metodista.
Acabou empregada pela própria universidade.
"No começo, eu tinha um
certo receio em relação ao mercado de trabalho. A turma inteira tinha. Mas ninguém deixou de conseguir um emprego
porque fez curso a distância.
Agora, se eu tiver que fazer outra graduação, prefiro que seja
a distância", diz.
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