São Paulo, terça-feira, 12 de maio de 2009
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Estagiária teve de convencer homem a não se suicidar

DA REDAÇÃO

Enfermeira porque sempre gostou de "cuidar de gente", Tassiana Cristina Godoy, 21, enfrentou, em meados de 2008, o primeiro desafio da sua vida profissional: conseguiu convencer um paciente a não se suicidar.
O homem era diabético e ficou depressivo após ter de amputar a perna. "Ele voltou revoltado. Chegou ao hospital questionando Deus, queria morrer, se matar", disse ela, hoje no quarto ano -o último- da Unifesp.
Então estagiária do terceiro ano no Hospital São Paulo, Tassiana passou a acompanhar o caso.
Ora a intuição, ora a técnica ajudaram-na. "Tive de fazê-lo "voltar" à vida. Eu nem tinha certeza do que estava falando, mas tinha que fazer [algo]", diz. "Foi uma vitória. Fiquei duas horas discutindo sobre Deus com ele, expliquei que não podia desistir."
No cotidiano, diz, a dificuldade é chegar ao meio termo entre a indiferença ("muito enfermeiro se torna frio") e a depressão diante do sofrimento dos pacientes.
Tassiana entrou na segunda tentativa na Unifesp, após um ano de cursinho. Atualmente faz estágio na cirurgia pediátrica do Hospital São Paulo e pretende prestar concurso para integrar o Programa Saúde da Família ao se formar.


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