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Estagiária teve de convencer homem a não se suicidar
DA REDAÇÃO
Enfermeira porque sempre gostou de "cuidar de gente", Tassiana Cristina Godoy,
21, enfrentou, em meados de
2008, o primeiro desafio da
sua vida profissional: conseguiu convencer um paciente
a não se suicidar.
O homem era diabético e
ficou depressivo após ter de
amputar a perna. "Ele voltou
revoltado. Chegou ao hospital questionando Deus, queria morrer, se matar", disse
ela, hoje no quarto ano -o
último- da Unifesp.
Então estagiária do terceiro ano no Hospital São Paulo, Tassiana passou a acompanhar o caso.
Ora a intuição, ora a técnica ajudaram-na. "Tive de fazê-lo "voltar" à vida. Eu nem
tinha certeza do que estava
falando, mas tinha que fazer
[algo]", diz. "Foi uma vitória.
Fiquei duas horas discutindo
sobre Deus com ele, expliquei que não podia desistir."
No cotidiano, diz, a dificuldade é chegar ao meio termo
entre a indiferença ("muito
enfermeiro se torna frio") e a
depressão diante do sofrimento dos pacientes.
Tassiana entrou na segunda tentativa na Unifesp, após
um ano de cursinho. Atualmente faz estágio na cirurgia
pediátrica do Hospital São
Paulo e pretende prestar
concurso para integrar o
Programa Saúde da Família
ao se formar.
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