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ATUALIDADES
A resistência extremista contra a Cúpula de Aqaba
ROBERTO CANDELORI
ESPECIAL PARA A FOLHA
O balneário de Aqaba, na Jordânia, recebeu, para um encontro histórico, o premiê palestino,
Mahmoud Abbas, e Ariel Sharon,
primeiro-ministro de Israel. Sob a
coordenação do presidente dos
EUA, George W. Bush, a Cúpula
de Aqaba representa mais um capítulo em busca do fim da violência e a retomada das negociações
de paz no Oriente Médio.
Os líderes comprometeram-se
com a execução das obrigações
definidas na primeira fase do
"Mapa da Estrada", proposto pelos EUA, pela União Européia, pela ONU e pela Rússia. Sharon assumiu o compromisso de remover os assentamentos construídos
ilegalmente em Gaza e na Cisjordânia. Abbas declarou que combaterá o terrorismo dos grupos
extremistas, além de desmobilizar
a Intifada (levante palestino contra as forças israelenses).
Extremistas de ambos os lados
protestaram contra esse encontro. Para os colonos judeus, esse
plano representa "uma humilhante rendição ao terror palestino". Segundo esses líderes, a violência aumentou após o Acordo
de Oslo, em 1993, que deu autonomia à ANP (Autoridade Nacional
Palestina) sobre algumas cidades
ocupadas por Israel desde a Guerra dos Seis Dias (1967).
Do lado palestino, o líder do Hamas afirmou: "Nunca estaremos
prontos para depor as armas até a
libertação do último centímetro
de terra da Palestina". Para esses
radicais, que se recusam a aceitar
Israel, as terras palestinas devem
ser reconquistadas por meio da
luta de seus mártires.
Em questão, além da paz, estão
as 150 colônias judaicas e seus 220
mil habitantes que sonham permanecer na Cisjordânia e em Gaza. Os palestinos exigem que os
assentamentos sejam removidos
para a construção do seu Estado
soberano a partir de 2005. Os colonos afirmam que a convicção
religiosa os fará resistir.
Roberto Candelori é professor do
Colégio Móbile e do Objetivo.
E-mail: rcandelori@uol.com.br
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