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      São Paulo, quinta-feira, 12 de junho de 2003
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REDAÇÃO DO LEITOR

Coerência favorece defesa de tese

THAÍS NICOLETI DE CAMARGO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Desde o parágrafo inicial, quando menciona fato ocorrido recentemente no Rio de Janeiro, o redator demonstra envolvimento no debate sobre a violência e convoca o leitor a participar da discussão.
Desenvolve um raciocínio por meio do qual apresenta como um paradoxo o fato de os jovens da elite econômica do país terem idéias conservadoras (ou "reacionárias").
Embora o fato, atestado em recente pesquisa divulgada pela mídia, não constitua necessariamente uma contradição, o redator, a serviço da defesa da tese de que é o investimento social que reduz a criminalidade, constrói uma argumentação coerente. Para ele, soa como disparate o fato de os que mais acesso têm aos bens de cultura e à informação serem os arautos da volta da pena de talião.
Ganha ponto no quesito coesão ao cobrar que seja usada no combate às causas da violência a mesma veemência empregada na defesa da repressão aos criminosos.
Estabelece relações entre os dados da pesquisa e, assim, explica o conservadorismo dos jovens da elite: a falta de leitura, combustível da alienação, aliada ao processo de massificação da sociedade, encaminha os jovens mais abastados para um comodismo acrítico.
Termina o texto assinalando a oposição entre os que vivem na alienação e os que enfrentam a realidade e, habilmente, valoriza seu ponto de vista.


Thaís Nicoleti de Camargo é consultora de língua portuguesa da Folha. E-mail:
tnicoleti@folhasp.com.br


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