DA REPORTAGEM LOCAL

A UnB (Universidade de Brasília) inaugura neste mês uma biblioteca digital e sonora com cerca de 600 títulos e acesso on-line do acervo adaptado. Qualquer pessoa com deficiência visual poderá fazer download dos livros.
Por enquanto, a maior parte dos títulos será referente aos cursos da UnB onde há mais deficientes, como pedagogia. "A meta é incorporar mil títulos por ano", diz Glaura Evangelista, assistente social do Programa de Apoio às Pessoas com Necessidades Especiais da UnB. Mais informações estarão em www.bce.unb.br.
"Para que haja a inclusão educacional, são importantes não só as adaptações físicas mas também o acesso aos bens culturais", diz Eliana Maria Ormelezi, coordenadora do grupo de apoio à inclusão da ONG Laramara, que assiste a deficientes visuais.
Dentre as adaptações que deveriam haver em escolas, o projetista Evandro Bonocchi sugere uma mesa móvel, para que cadeirantes -como ele- escolham onde sentar. A altura do tablado também é importante. "Tem de ser baixa", diz ele, que, a pedido do Fovest, projetou uma sala de aula ideal. Se a escola não for adaptada, o aluno deve recorrer ao departamento competente e pode até procurar ajuda no Ministério Público.
Eliezer da Silva, pai da portadora de paralisia cerebral Flávia, 26, diz que a Univap, onde ela estudou, era adaptada. Flávia se formou e foi recém-aprovada na OAB. O pai apenas a acompanhava nas provas. "Eu só ia para marcar as questões para ela."


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