São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2008
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ACESSO

Particulares também precisam de adaptação

Deficiente auditiva esperou mais de um ano por intérprete

DA REPORTAGEM LOCAL

Quando entrou em fisioterapia na Universidade Metodista, em 2005, Fabíola de Oliveira, 23, deficiente auditiva, foi à coordenação dizer que precisava de um intérprete de Libras (língua brasileira de sinais), pois não conseguia ouvir os professores. Mas foi só após um ano e meio que ela conseguiu.
"Se ela fala apenas com uma pessoa, num ambiente fechado, consegue ouvir e responder", diz a mãe, Terezinha. "Agora, em uma sala de aula, ela tem dificuldade, e a faculdade demorou para entender isso."
A instituição organizou fóruns com Fabíola, a mãe e professores para debater a questão. "Ela fala muito bem, precisávamos analisar bem o caso", afirma Elizabete Costa Renders, assessora pedagógica da Metodista, sobre a demora para contratar intérpretes.
Por outro lado, Daniela Bortman, 25, aluna de medicina da Unitau (Universidade de Taubaté), conta que recebeu todo o apoio da faculdade para voltar aos estudos após ter ficado tetraplégica em decorrência de um acidente de carro, em 2006. Segundo ela, adaptações que não existiam foram feitas.
Tatiana Dias, 21, também foi bem-recebida, na Unip. Há seis anos, por causa de uma bala perdida, ela ficou paraplégica. Entrou em propaganda e marketing neste ano e diz que, quando pediu um espelho especial no banheiro, foi rapidamente atendida.

Rio de Janeiro
No Estado do Rio, o Crea-RJ (conselho regional de engenharia e arquitetura) tem atuado na fiscalização de prédios das universidades federais. Para isso, firmou um convênio com o Ministério Público Federal, que faz recomendações às instituições e estipula um prazo para se adaptarem.


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