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Consultar internet derruba mitos
DA REPORTAGEM LOCAL
Provavelmente o estudante já
ouviu a história do candidato que
escreveu na folha inteira de redação a palavra tiquetaque e teria tirado nota dez no tema "tempo".
Mitos como esse que circulam entre os vestibulandos podem ser
desfeitos olhando as redações da
Fuvest e da Unicamp que estão
nos sites das instituições.
Nos comentários da Unicamp
sobre a prova de 1998, por exemplo, a banca justificou a anulação
do texto de um candidato que escreveu por 13 vezes a frase "Imagem não é nada, sede é tudo" e depois "Nem valorizar a imagem
nem o homem, o que importa é o
sentimento" assim: "Temos um
exemplo de um caso em que se
queria atingir uma certa criatividade (...) Houve argumentação?
Houve utilização da coletânea?
Nem argumentação, nem coletânea; quase não há um texto".
Outro item que é desmistificado
nas redações da Fuvest é a obrigatoriedade da utilização de título.
"Muitas das 50 redações que estão
lá [no site] não têm título. Título é
uma possibilidade, é um recurso
para criar uma expectativa, não
uma obrigatoriedade. Se fosse
obrigatório, deveria haver uma
indicação disso na proposta da redação", disse Eduardo Antonio
Lopes, professor do Anglo.
De acordo com ele, outros pontos são a proibição da letra de forma, a presença de rasuras e de erros pontuais de gramática. Tudo
isso, que na idéia de muitos candidatos diminuiria a nota, não foi
motivo para que as redações não
recebessem pontuação máxima.
Outro mito é a proibição da primeira pessoa do singular, o que
leva muitos vestibulandos a utilizarem a primeira pessoa do plural
("nós pensamos", por exemplo)
ou a voz passiva ("pensa-se").
"Nada impede de usar a primeira
pessoa do singular, desde que o
candidato não confunda com a
narração", disse Maria Thereza
Fraga Rocco, da Fuvest.
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