São Paulo, terça-feira, 14 de julho de 2009
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Unesp quer ampliar curso para até 5 anos

Universidade espera novas diretrizes do MEC, que saem neste ano, para reformular currículo

PATRÍCIA GOMES
DA REPORTAGEM LOCAL

A Unesp (Universidade Estadual Paulista) quer aumentar o tempo da graduação em jornalismo de quatro para quatro anos e meio ou cinco anos.
Essa alteração faz parte de um conjunto de outras mudanças para reformulação do currículo, que são estudadas pela instituição e serão apresentadas ao Conselho Universitário.
Para colocar as alterações em prática, porém, a Unesp espera que o MEC divulgue suas novas diretrizes, o que deve ocorrer ainda neste ano. Nesse caso, as mudanças já valeriam para os ingressantes em 2010.
Em parte, a universidade já se adiantou: desmembrou a comunicação social e fez do jornalismo um curso à parte, o que será a principal orientação das novas diretrizes curriculares.
"Não somos mais um cachorro com três cabeças", diz o professor Antonio Francisco Magnoni, vice-coordenador do conselho do curso de jornalismo da Unesp, referindo-se aos cursos de radialismo e relações públicas, também emancipados.
No novo currículo, afirma o professor, o foco deve se voltar para o preparo de um profissional que seja apto a entrar no mercado de trabalho.
"A tendência é que a universidade ofereça estruturas laboratoriais de produção minimamente compatíveis com o mercado", diz o vice-coordenador.

Todas as faculdades
Não é apenas a Unesp que deve reformular suas estruturas. As novas diretrizes do MEC, uma vez aprovadas, deverão ser seguidas por todas as faculdades de jornalismo do país.
As propostas, que têm até o dia 19 de agosto para ser apresentadas ao MEC, foram elaboradas por uma comissão de professores.
"Já está quase tudo pronto", afirma o presidente da comissão, José Marques de Melo, professor emérito da USP.
Depois de apresentadas, as novas diretrizes devem ser aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação e só então podem entrar em vigor.
A principal alteração proposta, adiantou o professor, será fazer do jornalismo um curso autônomo, como aconteceu recentemente com cinema, que também era atrelado à comunicação social.
Outra proposta é a divisão do curso em seis eixos curriculares completamente voltados ao jornalismo desde o início da faculdade. Hoje, como a faculdade é de comunicação social, a especificidade é bem menor.
O estágio supervisionado voltaria a ser obrigatório para conseguir o diploma. O aluno deverá cumprir 200 horas em empresas ou na própria faculdade. São sugeridas 300 horas de atividades complementares voltadas ao jornalismo.
A comissão propõe ainda que o trabalho de conclusão de curso individual seja obrigatório.


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