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GEOGRAFIA
População urbana vai superar a rural
EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA
Em 27 de junho foi lançado
pelo Fundo de População das
Nações Unidas o 30º relatório
sobre a Situação da População
Mundial, abordando o tema da
urbanização da população.
Tomo a liberdade de apresentar aos vestibulandos um
resumo das conclusões do trabalho. 1) Em 2007, a população
urbana soma, pela primeira vez
na história, 50% da população
mundial; 2) Os países, as cidades e os indivíduos mais pobres
serão mais atingidos pelas mudanças climáticas; 3) As cidades representam a melhor
oportunidade de escapar da pobreza, apesar de concentrá-la;
4) O processo de urbanização é
inevitável; 5) A maior parte do
crescimento da população urbana acontecerá nas cidades
médias; 6) A concentração da
população nas cidades é menos
prejudicial ao ambiente do que
se ela fosse dispersa; 7) Atualmente, a maior parte do crescimento populacional urbano resulta do crescimento vegetativo das cidades.
Algum vestibular muito ávido por novidades pode resolver
cobrar as conclusões. Entre
elas, chama bastante a atenção
a que aponta o crescimento vegetativo das cidades, que é a diferença entre a taxa de natalidade e a de mortalidade, como a
principal causa da urbanização
atual da população mundial.
Em boa parte do processo de
urbanização de inúmeros países, inclusive do Brasil, o êxodo
rural foi a causa principal, no
entanto, o relatório alerta que,
quanto mais urbano fica um
país, menor será o número de
potenciais migrantes rurais-urbanos disponíveis, o que aumenta a participação do crescimento vegetativo.
Quando falamos em urbanização da população mundial,
não significa necessariamente
que a população rural esteja diminuindo em termos absolutos. Não está diminuindo, só
crescendo menos. Em 1950, era
aproximadamente 1,77 bilhões
e em 2007 corresponde a 3,30
bilhões, enquanto a urbana, no
mesmo período, saltou de 0,73
bilhão para 3,30 bilhões.
EDER MELGAR é coordenador de geografia do
curso Intergraus
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