DA REPORTAGEM LOCAL

Quem opta por ciências moleculares após o ingresso na Universidade de São Paulo tem a chance de concluir a formação e depois retornar ao curso de origem. Esta foi uma estratégia adotada para fazer com que os estudantes ficassem mais seguros para escolher a graduação e para assegurar a cobrança alta de desempenho.
Por isso, quem não se dá bem no curso também pode retornar à carreira conquistada no vestibular.
"É preciso garantir que o aluno possa experimentar. Se ele experimenta e gosta, fica. Os jovens ingressam muito cedo na faculdade, é preciso conhecer mais para depois decidir o que fazer da vida", afirma a coordenadora, Lucile Maria Floeter Winter.
A idéia é dar tempo aos estudantes. Também é por isso que a escolha só é feita no meio do ano: o ingressante tem seis meses para conhecer o curso em que ingressou.
A opção vem com uma série de obrigações: quem não tem boa avaliação é "convidado a retornar a unidade de origem", segundo Lucile.
O curso é pesado, em período integral. Nos dois primeiros anos, há disciplinas básicas -que são física, matemática, química, biologia e informática. Depois, o estudante tem de fazer um projeto de iniciação científica e pode escolher matérias em qualquer unidade.
E engana-se quem imagina que só os amantes de exatas optam pela carreira. Há vários estudantes oriundos da área de humanas que se formam pesquisadores e prosseguem nos estudos.


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