São Paulo, quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011 | |
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entrevista Todo trote devia acabar, diz advogado DE SÃO PAULO Diante de sucessivos casos de trotes violentos, no ano passado, a Caasp (Caixa de Assistência dos Advogados de SP) e a OAB-SP (Ordem dos advogados do Brasil) organizaram uma comissão para lutar contra o trote violento no Estado. Fábio Canton Filho, que preside a comissão e a Caasp, defende que todo tipo de trote, inclusive o social, seja proibido. Folha - Qual é o limite entre a brincadeira e o abuso? Fábio Canton Filho - A linha divisória entre a brincadeira e o abuso é muito tênue. Todo trote que resultou em morte começou como uma brincadeira. Ninguém está obrigado a fazer aquilo que não quer. Não concordo com o trote. Ele não é o caminho adequado de integração. E qual é o caminho? O diretório acadêmico que prepare uma grande festa. Há quem considere o trote um rito de passagem. Isso é um absurdo. O trote deveria acabar por inteiro. O sistema de integração deveria ser outro. E o trote social? Eu não sou contra desde que não haja consequências para o aluno. Se o aluno for pobre, ele estará alijado da integração, na melhor das hipóteses. O que a vítima pode fazer? Tudo isso tem previsão na legislação. Constrangimento ilegal e lesão corporal são crimes. Ele tem que procurar as autoridades: a polícia, o Ministério Público, um advogado. (PG) Texto Anterior: "Os veteranos descobriam quem denunciava" Próximo Texto: Solidariedade tenta substituir violência Índice | Comunicar Erros |
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