São Paulo, terça-feira, 17 de junho de 2008
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Segurança no setor é muito rigorosa

DA REPORTAGEM LOCAL

A falta de informação sobre o que se faz em uma usina nuclear ainda é grande entre boa parte da população, avalia o engenheiro Hélio Ricardo Velloso de Oliveira, 44.
"Tem muita gente que até hoje não sabe para que serve uma usina. Acha que é para fazer bomba e não imagina que é produzida energia elétrica aqui", diz Oliveira, que trabalha há 21 anos na central nuclear de Angra. O Brasil é signatário de acordos internacionais que permitem o uso da energia nuclear só para fins pacíficos.
"Gosto de receber visitantes na central para que entendam o quanto é limpa a energia produzida e que a usina não afeta a qualidade de vida na região. Meus dois filhos cresceram aqui. Eu seria incapaz de trabalhar num lugar sem segurança."
"É preciso desmitificar a área", concorda José Augusto Perrotta, do Ipen/ USP. A segurança tem um papel fundamental na área. "Há grandes sistemas de engenharia, tratamentos químicos, blindagens e programas de gestão de qualidade para garantir uma confiabilidade nos processos", diz.
O reator do Ipen fica dentro de uma piscina de nove metros de profundidade. A água serve como barreira contra a radiação.
Para entrar na área do reator nuclear do Ipen, é preciso vestir um avental branco de algodão, para o caso de respingar alguma substância, e passar por um equipamento parecido com um detector de metal, mas com sensores para medir a radiação. Também é preciso carregar no bolso do avental um dosador de radiação. (FC)


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