São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2006
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Problema de leitura afeta desempenho nas outras matérias cobradas na prova

DA REPORTAGEM LOCAL

"Para os alunos, a prova de química vem codificada. O código é a língua portuguesa", afirma o coordenador do Etapa Edison Barros de Camargo. Muitas vezes, pontos são perdidos por conta de uma palavra ou outra que prejudica o entendimento da pergunta.
Segundo o coordenador, sua técnica para desvendar os enigmas dos enunciados durante as aulas é ler com calma, trocando as palavras que causam estranhamento por outras mais comuns. "Não é preciso tratar as alternativas como inimigas. Elas também podem ajudar a chegar à resposta certa", afirma o professor.
Apenas 6,2% dos jovens do terceiro ano do ensino médio tinham um nível de leitura e compreensão de textos adequado para o nível escolar. Esse percentual foi medido pelo Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) de 2003, realizado pelo MEC (Ministério da Educação) e que é, até hoje, o último levantamento disponível sobre o assunto.
No nível adequado, o estudante é capaz de ler textos longos e complexos, consegue entender textos com vocabulário desconhecido e comparar opiniões entre escritos.
De acordo com o mesmo estudo, 55,2% dos estudantes estão no nível intermediário, faixa em que o aluno ainda tem dificuldades. Há ainda os 34,7% que se encontram em um nível de leitura crítico, ou seja, lidam apenas com textos simples. Finalmente, 3,9% dos alunos mal desenvolveram as habilidades de leitura pertinentes ao ensino fundamental.


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