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Problema de leitura afeta desempenho nas outras matérias cobradas na prova
DA REPORTAGEM LOCAL
"Para os alunos, a prova de
química vem codificada. O código é a língua portuguesa",
afirma o coordenador do Etapa
Edison Barros de Camargo.
Muitas vezes, pontos são perdidos por conta de uma palavra
ou outra que prejudica o entendimento da pergunta.
Segundo o coordenador, sua
técnica para desvendar os enigmas dos enunciados durante as
aulas é ler com calma, trocando
as palavras que causam estranhamento por outras mais comuns. "Não é preciso tratar as
alternativas como inimigas.
Elas também podem ajudar a
chegar à resposta certa", afirma
o professor.
Apenas 6,2% dos jovens do
terceiro ano do ensino médio
tinham um nível de leitura e
compreensão de textos adequado para o nível escolar. Esse
percentual foi medido pelo
Saeb (Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica) de
2003, realizado pelo MEC (Ministério da Educação) e que é,
até hoje, o último levantamento disponível sobre o assunto.
No nível adequado, o estudante é capaz de ler textos longos e complexos, consegue entender textos com vocabulário
desconhecido e comparar opiniões entre escritos.
De acordo com o mesmo estudo, 55,2% dos estudantes estão no nível intermediário, faixa em que o aluno ainda tem dificuldades. Há ainda os 34,7%
que se encontram em um nível
de leitura crítico, ou seja, lidam
apenas com textos simples. Finalmente, 3,9% dos alunos mal
desenvolveram as habilidades
de leitura pertinentes ao ensino fundamental.
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