São Paulo, terça-feira, 17 de outubro de 2006
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NAS PALAVRAS

É possível ter boa nota sem falar inglês

Vestibulares cobram leitura de textos e vocabulário

DA REPORTAGEM LOCAL

Não é todo mundo que teve chance de fazer um curso de inglês fora da escola onde estudou o ensino médio. Todo o conhecimento ajuda na hora do vestibular, mas dá para ter um bom desempenho mesmo sem saber se expressar na língua estrangeira. É que os exames cobram entendimento de textos, e não comunicação.
"A coisa mais importante é vocabulário. E isso se adquire estudando regularmente. Com leitura de dez, 20, 30 minutos por dia. Ainda dá tempo de ir muito bem e aprender muitas palavras", afirma Alahkin de Barros Filho, coordenador de inglês do Etapa. "Muitas vezes, a resposta correta está no próprio texto, só que escrita de outra maneira. E a língua inglesa tem muitas palavras com origem latina, isso ajuda."
De acordo com a gerente do departamento acadêmico da Cultura Inglesa, Lizika Goldcheleger, há técnicas de leitura que ajudam a resolver os vestibulares, tanto é que a instituição criou um curso voltado só para os exames. "As aulas são todas em português, diferentemente dos outros cursos, porque ele é feito para que o aluno se foque na prova."
Renan Takemura, 18, que vai prestar medicina, conta que fez pouco mais de um ano de inglês em escola especializada e não consegue falar direito, mas isso não o impede de ir bem nas provas. "O que cai na Fuvest é interpretação de texto. Na Fuvest do ano passado, fui muito mal, acertei só duas das oito questões de inglês. Então treinei buscando textos na internet e ouvindo música. Agora, acerto 80% das questões nos simulados", afirma.
Mesmo com a nota inadequada no primeiro vestibular, Takemura conseguiu uma vaga na Poli, mas decidiu prestar medicina. "Vi que estava no curso errado", resume.


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