São Paulo, terça-feira, 18 de agosto de 2009
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FIQUE ATENTO

Período de inscrições pode ser mais estressante que o de provas

Mas ainda dá tempo de mudar a rotina e evitar ficar doente pelo estresse

COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Falta de sono, irritação, dificuldade para se concentrar e para memorizar. A poucos meses do Enem e dos principais vestibulares, são esses os sintomas que acometem parte dos candidatos. É nesta época que a chamada tensão pré-prova é maior. Mas é possível mudar a rotina e evitar o aparecimento de problemas mais graves.
Pesquisas do Labeest (Laboratório de Estudos do Estresse) da Unicamp mostram que o nível de estresse dos vestibulandos nos meses em que são feitas as inscrições pode ser maior do que no próprio dia do exame.
Para a psicoterapeuta da Santa Casa do Rio Patrícia Tasca, o mais importante é o vestibulando organizar a rotina e estabelecer horários fixos para os estudos e para o descanso. "Ainda há tempo para trabalhar o estresse e a ansiedade, e, neste momento, a disciplina é fundamental para o sucesso."
O psicólogo e consultor do pré-vestibular do Anglo, Helder Kamei, recomenda que os estudantes agora redobrem a atenção para três níveis: físico, emocional e mental.
"Nesta época, os alunos tendem a priorizar o aspecto mental. Isso gera desequilíbrio e acaba sendo mais prejudicial para o rendimento", afirma.
Medidas simples, como praticar exercícios leves, reduzir o consumo de café e colocar o sono em dia, podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade dos alunos nesta fase.
Há três anos tentando uma vaga em medicina, a estudante Juliana Machado, 20, sempre teve gastrite nervosa nas semanas que antecediam as provas. No início deste ano, a estudante manifestou outra doença: a conjuntivite.
"Fiquei dois meses com o olho inchado. Sempre piorava na época das provas." O problema só foi resolvido nas férias. "Aproveitei para colocar o sono em dia e sair, o que fiz durante todo o ano", conta Juliana.
A falta de uma rotina estruturada também levou a estudante Mariana Sepulveda, 19, a ser internada com febre e enjoo na véspera da prova da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro), em junho deste ano. "Quando minha mãe disse que não precisava fazer a prova, melhorei na hora", diz ela, que vai tentar uma vaga em engenharia. Neste semestre, ela pretende aliviar a tensão com ginástica. "Vou entrar em uma academia." (DANIELA MERCIER)


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