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FIQUE ATENTO
Período de inscrições pode ser mais estressante que o de provas
Mas ainda dá tempo de mudar a rotina e evitar ficar doente pelo estresse
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Falta de sono, irritação, dificuldade para se concentrar e
para memorizar. A poucos meses do Enem e dos principais
vestibulares, são esses os sintomas que acometem parte dos
candidatos. É nesta época que a
chamada tensão pré-prova é
maior. Mas é possível mudar a
rotina e evitar o aparecimento
de problemas mais graves.
Pesquisas do Labeest (Laboratório de Estudos do Estresse)
da Unicamp mostram que o nível de estresse dos vestibulandos nos meses em que são feitas
as inscrições pode ser maior do
que no próprio dia do exame.
Para a psicoterapeuta da
Santa Casa do Rio Patrícia Tasca, o mais importante é o vestibulando organizar a rotina e estabelecer horários fixos para os
estudos e para o descanso.
"Ainda há tempo para trabalhar o estresse e a ansiedade, e,
neste momento, a disciplina é
fundamental para o sucesso."
O psicólogo e consultor do
pré-vestibular do Anglo, Helder Kamei, recomenda que os
estudantes agora redobrem a
atenção para três níveis: físico,
emocional e mental.
"Nesta época, os alunos tendem a priorizar o aspecto mental. Isso gera desequilíbrio e
acaba sendo mais prejudicial
para o rendimento", afirma.
Medidas simples, como praticar exercícios leves, reduzir o
consumo de café e colocar o sono em dia, podem ajudar a reduzir os níveis de ansiedade
dos alunos nesta fase.
Há três anos tentando uma
vaga em medicina, a estudante
Juliana Machado, 20, sempre
teve gastrite nervosa nas semanas que antecediam as provas.
No início deste ano, a estudante
manifestou outra doença: a
conjuntivite.
"Fiquei dois meses com o
olho inchado. Sempre piorava
na época das provas." O problema só foi resolvido nas férias.
"Aproveitei para colocar o sono
em dia e sair, o que fiz durante
todo o ano", conta Juliana.
A falta de uma rotina estruturada também levou a estudante Mariana Sepulveda, 19, a
ser internada com febre e enjoo
na véspera da prova da Uerj
(Universidade Estadual do Rio
de Janeiro), em junho deste
ano. "Quando minha mãe disse
que não precisava fazer a prova,
melhorei na hora", diz ela, que
vai tentar uma vaga em engenharia. Neste semestre, ela pretende aliviar a tensão com ginástica. "Vou entrar em uma
academia."
(DANIELA MERCIER)
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