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CARREIRA
Fisioterapia se volta para a prevenção
Atividades ligadas à saúde do trabalho, da mulher e do idoso são as principais apostas
DANIELA MERCIER
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Muito associada à reabilitação da capacidade motora, a fisioterapia tem ganhado novos
campos. No mercado, cresce a
demanda por profissionais voltados para a prevenção e a promoção da qualidade de vida.
Atividades ligadas à saúde do
trabalho, da mulher e do idoso
são as grandes apostas para a
colocação do fisioterapeuta
-profissional que tem no movimento do corpo humano o
seu principal objeto de estudo.
"Há uma demanda grande
pela fisioterapia nas empresas
privadas para melhorar a produtividade e evitar o aparecimento de traumas e lesões no
trabalhador", afirma Gil Lúcio
Almeida, presidente do Crefito-SP (Conselho Regional de
Fisioterapia e Terapia Ocupacional de São Paulo).
Formada há dois anos pela
Uninove, em São Paulo, a fisioterapeuta Fabiana Silva, 27,
não teve dificuldade para encontrar o primeiro emprego.
Desde a época de faculdade,
quando foi estagiária, ela atua
no programa de saúde de uma
das unidades da Votorantim na
capital. Uma de suas funções é
aplicar a ginástica laboral -atividade que os funcionários fazem diariamente para melhorar o condicionamento físico.
"Há uma atenção maior para
qualidade de vida em todas as
áreas", diz Fabiana, que se especializou em fisioterapia do
trabalho na Unifesp.
Entre áreas novas e tradicionais, como a ortopedia, as opções de atuação do fisioterapeuta são diversas. Além de
empresas, os principais locais
de trabalho são hospitais, centros de reabilitação, academias
e clubes esportivos.
Para atender a esse campo
variado, a formação do fisioterapeuta é generalista. Na graduação, que dura de quatro a
cinco anos, dependendo da instituição, o estudante tem disciplinas das áreas da saúde e de
humanas. O estágio é obrigatório para se formar.
No Brasil, há 519 cursos de
graduação na área e 118 mil
profissionais, segundo o Crefito-SP. A USP é a única instituição pública a oferecer o curso
na capital. A carreira foi a décima mais concorrida no vestibular passado, com 23,04 candidatos por vaga. Unesp, Unifesp,
UFSCar e USP de Ribeirão Preto são outras opções no interior
do Estado.
O piso salarial é de R$ 1.560, e
a remuneração média varia de
R$ 2.574 a R$ 4.650 para 30 horas semanais, segundo a Fenafito (federação nacional de trabalhadores).
A especialização é um caminho inevitável em um cenário
de crescimento de cursos e profissionais. Levantamento realizado pelo conselho com cerca
de 30 mil fisioterapeutas mostrou que 71,1% possuíam pós-graduação em 2008. "O mercado tradicional está saturado. O
profissional precisa se diferenciar", afirma o coordenador do
curso na Unesp de Marília,
Marcos Scheicher.
A recém-formada Natália
Padula, 24, optou pelo programa de aperfeiçoamento da
AACD (Associação de Assistência à Criança Deficiente) para
se especializar em reabilitação
neurológica. Ela escolheu a
profissão pelo contato mais
próximo com os pacientes. "Alguns dias são difíceis, mas
acompanhar cada avanço é
muito gratificante. Sou muito
feliz nessa área", diz ela, formada pela USP de Ribeirão Preto.
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