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      São Paulo, quinta-feira, 18 de dezembro de 2003
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MEDICINA

Grau de dificuldade é maior no vestibular da Unifesp

30% DAS QUESTÕES DA FEDERAL SÃO DIFÍCEIS OU MUITO DIFÍCEIS; NA UNESP, ELAS SÃO 15% DA PROVA

ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de serem feitos pela mesma fundação, os vestibulares da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) e o da Unesp não têm o mesmo grau de dificuldade. Os cerca de 13 mil alunos que farão o exame da universidade federal hoje, amanhã e sábado devem encontrar uma prova bem mais difícil do que a da estadual.
O grau de dificuldade, segundo Fernando Dagnoni Prado, diretor acadêmico da Vunesp, fundação responsável pelas provas, é propositalmente "mais puxado". "Como os cursos da Unifesp são na área de saúde, o perfil dos candidatos é mais homogêneo, além de a disputa, em média, ser maior. Se fizéssemos uma prova fácil, teríamos muitos empates."
O cálculo da dificuldade, de acordo com ele, é feito em uma tabela de planejamento dos exames entregue para os elaboradores das perguntas. Nela, são determinadas porcentagens de questões muito fáceis, fáceis, médias, difíceis e muito difíceis.
Nas duas universidades, 40% das questões são médias. Mas, enquanto na Unesp apenas 15% das perguntas são difíceis ou muito difíceis, essa porcentagem é de 30% na Unifesp.
O grau maior de dificuldade, segundo o coordenador do Anglo Ernesto Birner, não deve desanimar o candidato que porventura sentir que não tenha sido muito bem-sucedido nas provas. "A pontuação do aluno certamente será menor do que na Unesp, mas o que vale é a comparação com os outros candidatos. A prova é mais complicada para todo mundo."
Ele aconselha ao candidato, ao ler a prova, resolver primeiro as questões simples, deixando as mais complexas para o final, já que elas valem a mesma pontuação. "O tempo é um fator limitante. Já que é para "chutar" questões, que sejam as mais difíceis."
Além do grau de dificuldade, outra característica da Unifesp é o maior peso da prova de conhecimentos específicos, que vale metade da nota final. Por isso o candidato de medicina Yoshitaka Terasawa, 18, aproveitou os últimos dias de preparação para estudar mais essas matérias, que são praticamente as mesmas cobradas na segunda fase da Fuvest. A exceção é matemática, que tem na prova da Unifesp, mas não na da Fuvest.


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