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MEDICINA
Grau de dificuldade é maior no vestibular da Unifesp
30% DAS QUESTÕES DA FEDERAL SÃO DIFÍCEIS OU MUITO DIFÍCEIS; NA UNESP, ELAS SÃO 15% DA PROVA
ANDRÉ NICOLETTI
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de serem feitos pela mesma fundação, os vestibulares
da Unifesp (Universidade Federal
de São Paulo) e o da Unesp não
têm o mesmo grau de dificuldade.
Os cerca de 13 mil alunos que farão o exame da universidade federal hoje, amanhã e sábado devem encontrar uma prova bem
mais difícil do que a da estadual.
O grau de dificuldade, segundo
Fernando Dagnoni Prado, diretor
acadêmico da Vunesp, fundação
responsável pelas provas, é propositalmente "mais puxado".
"Como os cursos da Unifesp são
na área de saúde, o perfil dos candidatos é mais homogêneo, além
de a disputa, em média, ser maior.
Se fizéssemos uma prova fácil, teríamos muitos empates."
O cálculo da dificuldade, de
acordo com ele, é feito em uma tabela de planejamento dos exames
entregue para os elaboradores das
perguntas. Nela, são determinadas porcentagens de questões
muito fáceis, fáceis, médias, difíceis e muito difíceis.
Nas duas universidades, 40%
das questões são médias. Mas, enquanto na Unesp apenas 15% das
perguntas são difíceis ou muito
difíceis, essa porcentagem é de
30% na Unifesp.
O grau maior de dificuldade, segundo o coordenador do Anglo
Ernesto Birner, não deve desanimar o candidato que porventura
sentir que não tenha sido muito
bem-sucedido nas provas. "A
pontuação do aluno certamente
será menor do que na Unesp, mas
o que vale é a comparação com os
outros candidatos. A prova é mais
complicada para todo mundo."
Ele aconselha ao candidato, ao
ler a prova, resolver primeiro as
questões simples, deixando as
mais complexas para o final, já
que elas valem a mesma pontuação. "O tempo é um fator limitante. Já que é para "chutar" questões,
que sejam as mais difíceis."
Além do grau de dificuldade,
outra característica da Unifesp é o
maior peso da prova de conhecimentos específicos, que vale metade da nota final. Por isso o candidato de medicina Yoshitaka Terasawa, 18, aproveitou os últimos
dias de preparação para estudar
mais essas matérias, que são praticamente as mesmas cobradas na
segunda fase da Fuvest. A exceção
é matemática, que tem na prova
da Unifesp, mas não na da Fuvest.
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