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LEITURA OBRIGATÓRIA
Obras ajudam em qualquer vestibular, dizem professores
Trechos dos livros aparecem em provas de todo o país
DA REPORTAGEM LOCAL
A leitura dos nove livros da
lista unificada requer tempo e
dedicação. Será que o aluno que
não vai prestar vestibular para
Fuvest e Unicamp precisa mesmo ler essas obras?
É bom, dizem todos os professores consultados pelo "Fovest". Os livros que compõem a
lista unificada são tão clássicos
e tão importantes na literatura
que a sua leitura é fundamental
para uma boa formação.
Além disso, tais livros compuseram, em 2009, as listas de
leitura obrigatória de uma série de vestibulares do país.
É o caso de "Vidas Secas",
presente, por exemplo, na lista
de livros do último vestibular
da UFBA e da UFRN, federais
da Bahia e do Rio Grande do
Norte, respectivamente. Na
Bahia, a obra vale também neste ano. Já na lista da PUC-SP,
essa relação é mais explícita:
cinco livros foram sugeridos
pela banca, e todos faziam parte da lista unificada.
E mais: mesmo nos vestibulares em que não há lista obrigatória de livros, essas obras
costumam aparecer.
Exemplos não faltam. No
vestibular 2005 da UFSCar (federal de São Carlos), um trecho
de "Dom Casmurro" servia como apoio para cinco questões
de língua portuguesa. No mesmo ano, no primeiro exame de
qualificação da Uerj (estadual
do Rio), 3 das 15 questões de
língua portuguesa também se
originaram em excerto do livro
de Machado de Assis.
No Enem, que também não
tem lista obrigatória, a presença dessas obras é constante.
Mateus Prado, presidente do
Instituto Henfil, afirma que os
exames de 1999, 2001 e 2007
usaram ao menos um livro da
lista. Nos dois primeiros, foram
poemas do "Antologia Poética"; no último, questões sobre
o "Vidas Secas". Pelo estilo do
exame nacional, Prado acredita
que as obras podem ser cobradas, inclusive, fora da prova de
linguagens. "Podem aparecer
nas ciências humanas", diz.
Felipe Couto, coordenador
de língua portuguesa do curso
Ph, do Rio, defende que os alunos leiam as obras da lista unificada independentemente do
vestibular que vão prestar.
"Isso ajuda o aluno a desenvolver boas redações e é fundamental para reconhecer o estilo do autor e da época em que a
obra foi escrita."
Mas, em ano de vestibular, o
tempo é precioso e selecionar
bem ao que se dedicar é um
trunfo na preparação.
Por isso, Couto sugere dois
tipos de leitura: uma mais cuidadosa para quem enfrentará
um vestibular em que as obras
são especificamente cobradas e
outra mais leve para os demais
candidatos. "Quem presta USP
e Unicamp tem de se preocupar com detalhes do enredo.
Onde não há lista, deve-se ter
uma noção geral."
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