São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004
  Texto Anterior | Índice

"Pais precisam saber de que o filho precisa"

DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de nem sempre tomarem as decisões mais acertadas, os pais dizem ter o tempo todo as melhores intenções -mesmo quando proíbem os filhos de sair.
O médico José Lima, pai de Ingrid, por exemplo, acredita que fez o melhor para a filha proibindo as festas no ano do vestibular.
"Os jovens são muito impulsivos. Muitas vezes, mesmo sabendo de suas responsabilidades, se envolvem com a empolgação dos amigos e não resistem à tentação de sair quando não devem."
Lima tem cinco filhos e afirma que teve a mesma postura com todos eles. "A Ingrid é a caçula e a que mais gostava de festinhas. Ela foi a que mais argumentou quando a proibi de sair."
Hoje, com a filha na faculdade, ele diz acreditar que a ajudou e que cumpriu o seu papel. "Os pais têm de acompanhar os filhos de perto. Têm de saber de que o filho precisa, mesmo que isso, na hora, pareça errado."
O pai de Isabela, José Rafiti, afirma que a filha precisava de orientação, pois não tinha limites. "Foi necessária a minha interferência para fazê-la entender que aquele não era um ano normal e ela precisaria ter uma rotina diferente. Isabela namorava, e isso tornou os limites que eu e a mãe impusemos muito difíceis de ela cumprir."
Alberto dos Santos, pai de Elisa, diz que sua primeira decisão foi muito radical, mas, depois de conversar com a filha, chegaram a um acordo. "Mas se eu não tivesse pelo menos insinuado a proibição, ela iria sair como se não tivesse o vestibular."


Texto Anterior: Abrir mão significa maturidade
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.