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"Pais precisam saber de que o filho precisa"
DA REPORTAGEM LOCAL
Apesar de nem sempre tomarem as decisões mais
acertadas, os pais dizem ter o
tempo todo as melhores intenções -mesmo quando
proíbem os filhos de sair.
O médico José Lima, pai de
Ingrid, por exemplo, acredita que fez o melhor para a filha proibindo as festas no
ano do vestibular.
"Os jovens são muito impulsivos. Muitas vezes, mesmo sabendo de suas responsabilidades, se envolvem
com a empolgação dos amigos e não resistem à tentação
de sair quando não devem."
Lima tem cinco filhos e
afirma que teve a mesma
postura com todos eles. "A
Ingrid é a caçula e a que mais
gostava de festinhas. Ela foi a
que mais argumentou quando a proibi de sair."
Hoje, com a filha na faculdade, ele diz acreditar que a
ajudou e que cumpriu o seu
papel. "Os pais têm de
acompanhar os filhos de
perto. Têm de saber de que o
filho precisa, mesmo que isso, na hora, pareça errado."
O pai de Isabela, José Rafiti, afirma que a filha precisava de orientação, pois não tinha limites. "Foi necessária a
minha interferência para fazê-la entender que aquele
não era um ano normal e ela
precisaria ter uma rotina diferente. Isabela namorava, e
isso tornou os limites que eu
e a mãe impusemos muito
difíceis de ela cumprir."
Alberto dos Santos, pai de
Elisa, diz que sua primeira
decisão foi muito radical,
mas, depois de conversar
com a filha, chegaram a um
acordo. "Mas se eu não tivesse pelo menos insinuado a
proibição, ela iria sair como
se não tivesse o vestibular."
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