São Paulo, terça-feira, 20 de outubro de 2009
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Não é preciso gabaritar na USP para ter 6% em antigo bônus do Enem

80% de acerto na 1ª fase da Fuvest rende benefício máximo

RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL

O aluno de escola pública não precisará acertar todas as questões da primeira fase da Fuvest para obter os 6%do bônus criado para substituir o uso do Enem. Com 80% de acertos já será possível conseguir o acréscimo máximo à nota. A fórmula foi definida na quinta-feira, em reunião do Conselho de Graduação da USP, e prevê bônus progressivos de 1,8% a 6%.
A regra beneficia até mesmo quem for mal na prova: o candidato da rede pública que acertar só 22 das 90 questões (ou 24%) da 1ª fase leva 1,8% a mais. A intenção da USP foi compensar a ausência do Enem no vestibular. Sem o exame, seria mais complicado o aluno de escola pública ser aprovado -no ano passado, 30% dos aprovados eram da rede pública.
Isso porque, embora tenha decidido manter o bônus de até 6%, a USP definiu que ele seria calculado com base em uma prova bem mais difícil que o Enem -a 1ª fase da Fuvest. Segundo a USP, quem acerta 100% do Enem, em geral, não tem o mesmo êxito na Fuvest.
É justamente essa distorção que a fórmula corrige. Ela dá ao candidato a mesma chance de obter os 6% do Enem. Segundo o cursinho Etapa, a medida deve ajudar a melhorar a nota, principalmente nas carreiras mais disputadas.
Pelas novas regras, fica mais fácil obter o bônus mínimo do que antes. Pelo Enem, o aluno teria que acertar quase metade da prova (48%) para conseguir 1,8% a mais na nota final. Agora, ele consegue bônus semelhante com 24% de acerto na primeira fase da Fuvest.


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