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Não é preciso gabaritar na USP para ter 6% em antigo bônus do Enem
80% de acerto na 1ª fase da Fuvest rende benefício máximo
RICARDO GALLO
DA REPORTAGEM LOCAL
O aluno de escola pública não
precisará acertar todas as questões
da primeira fase da Fuvest
para obter os 6%do bônus criado
para substituir o uso do
Enem. Com 80% de acertos já
será possível conseguir o acréscimo máximo à nota.
A fórmula foi definida na
quinta-feira, em reunião do
Conselho de Graduação da
USP, e prevê bônus progressivos de
1,8% a 6%.
A regra beneficia até mesmo
quem for mal na prova: o candidato
da rede pública que acertar
só 22 das 90 questões (ou
24%) da 1ª fase leva 1,8% a mais.
A intenção da USP foi compensar
a ausência do Enem no
vestibular. Sem o exame, seria
mais complicado o aluno de escola
pública ser aprovado -no
ano passado, 30% dos aprovados
eram da rede pública.
Isso porque, embora tenha
decidido manter o bônus de até
6%, a USP definiu que ele seria
calculado com base em uma
prova bem mais difícil que o
Enem -a 1ª fase da Fuvest. Segundo
a USP, quem acerta
100% do Enem, em geral, não
tem o mesmo êxito na Fuvest.
É justamente essa distorção
que a fórmula corrige. Ela dá ao
candidato a mesma chance de
obter os 6% do Enem.
Segundo o cursinho Etapa, a
medida deve ajudar a melhorar
a nota, principalmente nas carreiras mais disputadas.
Pelas novas regras, fica mais
fácil obter o bônus mínimo do
que antes. Pelo Enem, o aluno
teria que acertar quase metade
da prova (48%) para conseguir
1,8% a mais na nota final. Agora,
ele consegue bônus semelhante
com 24% de acerto na
primeira fase da Fuvest.
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