São Paulo, quinta-feira, 22 de janeiro de 2004
  Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

O JOGO VAI COMEÇAR

Comparar é a melhor maneira de escolher cursinho

Ciete Silvério/Folha Imagem
O estudante Evandro Queiroz Cordeiro, que pratica tênis e futebol e vai prestar vestibular para educação física; o preço baixo foi decisivo para a escolha do cursinho


PREÇO, PROFESSORES, MATERIAL DIDÁTICO E APROVAÇÃO DEVEM SER LEVADOS EM CONTA

ISABELLE MOREIRA LIMA
DA REPORTAGEM LOCAL

Os processos seletivos das principais instituições já foram realizados, e agora fica a expectativa pela divulgação da lista de aprovados. Para quem não tiver o nome na relação de convocados ou para os que não conseguiram ser classificados para a segunda fase dos vestibulares, é o momento de começar a escolher um cursinho.
O aluno pode optar entre o curso extensivo, que começa já no início do ano, as turmas de maio, o semi-extensivo (no segundo semestre) e o intensivão, geralmente a partir de outubro.
O curso extensivo é a melhor opção para quem já sabe que não será possível ingressar na faculdade neste ano. "Começando em fevereiro ou março, é possível ter um desenvolvimento melhor da matéria, o curso fica menos corrido", disse Fábio Sato, um dos diretores do Cursinho da Poli.
Com base no novo perfil do vestibular, "mais raciocínio e menos "decoreba'", ele recomenda os cursinhos especializados em áreas específicas.
Ele chama a atenção ainda para o preço do pré-vestibular. "Cada um deve arcar apenas com o que pode, por isso é bom ver o que já está incluído no preço", diz, destacando a importância do plantão de dúvidas e de atividades que ajudem a desenvolver a reflexão, a análise e a crítica.
Para o coordenador de vestibular do Anglo, Alberto do Nascimento, a estrutura do cursinho também deve ser considerada na hora da escolha. "É preciso ter uma boa estrutura para que o aluno não tenha surpresas ruins. A confiabilidade conta muito", diz. Na opinião de Nascimento, o cursinho não deve ser apenas uma revisão do conhecimento adquirido na escola, mas sim um aprendizado para acompanhar o aluno na faculdade.
Outro meio de selecionar um cursinho é pela análise do corpo docente. Mateus Prado, presidente do Cursinho Popular Henfil, sugere conversas com alunos para confirmar a qualidade dos professores e assistir a aulas experimentais. "Tem cursinho que pode até ter um bom material didático e central de dúvidas, mas os professores são o mais importante."
A dica do coordenador de marketing do Intergraus, Jorge Ovando, varia de acordo com o aluno. Se o estudante já souber que vestibular vai prestar, ele pode fazer um cursinho voltado para o tipo de prova da faculdade. "Hoje já há cursos para a ESPM, para a FGV etc. Quando o aluno sabe o que quer, eles valem a pena porque as provas são bem diferentes umas das outras."
Por outro lado, segundo ele, se o vestibulando ainda está indeciso, o melhor é matricular-se em um curso extensivo convencional. "O aluno terá tempo, até setembro [quando começam as inscrições para os principais processos seletivos], de se decidir em um ambiente de estudo, com conversas com professores e colegas que apresentarão sugestões", diz.
"Os professores são treinados para todos os tipos de prova e, além disso, o ambiente já muda um pouco a forma de pensar e de agir do aluno", afirma Ovando em relação a fazer cursinho ou estudar sozinho em casa.
Mas há quem ache que cursinho não é uma opção obrigatória. É o caso da psicopedagoga Silvia Amaral de Mello Pinto, que não o recomenda, por exemplo, para quem ainda está no terceiro ano. "A escola tem que dar conta do aprendizado." Para quem terminou o ensino médio, ela sugere um cursinho próximo de casa, para evitar o desgaste do trânsito.
Para escolher o cursinho mais adequado, o ideal é reunir o maior número possível de informações: localização, material didático, corpo docente, número de aprovados nos vestibulares, atividades extra-curriculares, conversa com ex-alunos e preço.


Texto Anterior: Fique atento
Próximo Texto: Projetos sociais são alternativas mais baratas
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.