Coordenadores de algumas das principais faculdades dão dicas sobre carreiras disputadas

DA REPORTAGEM LOCAL
DA REDAÇÃO

A Folha listou alguns cursos que não têm "uma" melhor faculdade, como administração e direito, e perguntou a professores das instituições por que o candidato deve se matricular nessa e não naquela faculdade.
Na área de humanas, uma das dúvidas é em economia, entre Unicamp e USP. Joaquim Guilhoto, chefe do departamento de economia da FEA-USP, diz que uma das qualidades é o fato de os professores também trabalharem na área. "Há muitos diretores de banco." Para Claudio Maciel, vice-diretor do Instituto de Economia da Unicamp, o intercâmbio com faculdades estrangeiras é um dos pontos fortes.
No direito, entre as instituições particulares, a dúvida é entre a PUC-SP e o Mackenzie, por exemplo. "O nosso currículo é mais voltado para os direitos humanos", diz Claudio Pereira, coordenador do curso da PUC-SP. O diretor da faculdade de direito do Mackenzie, Nuncio Theophilo Neto, que inicialmente não quis comparar os cursos por achá-los muito bons, ressaltou que os convênios com faculdades no exterior dão uma formação melhor.
Em administração, a disputa fica entre FEA-USP e a FGV-Eaesp, apesar de a mensalidade da última ficar perto de R$ 2.100. Felipe Oranges, 20, está feliz com a escolha. Aprovado também na USP, preferiu a GV após conversar com profissionais da área. "Tento aproveitar o que a faculdade oferece."
Antonieta Oliveira, vice-coordenadora do curso, afirma que há programas de bolsa de estudo de mérito e para quem tem renda familiar baixa. "Portanto, o aluno não deve excluir a GV de cara por causa do aspecto financeiro."
Para Isak Kruglianskas, chefe do departamento de administração da FEA, o curso da USP tem a vantagem de estar em um campus universitário.
É o mesmo argumento de Rachel Balsalobre, coordenadora do curso de jornalismo da PUC-SP. "O ambiente universitário é muito interessante na formação do estudante", diz.
Maria Aparecida Ferrari, diretora da Faculdade de Jornalismo e Relações Públicas da Metodista, ressalta as atividades extraclasse, como o jornal-laboratório, que circula num bairro de São Bernardo.
Na Cásper Líbero, boa parte dos professores atuam na grande imprensa. "A empregabilidade dos nossos alunos é muito alta", afirma Welington Andrade, vice-diretor da faculdade.
Antes mesmo das provas, Débora Centoamore, 18, preferia a Cásper, pois sempre gostou da avenida Paulista. "Sonhava em estudar ali." Com medo de escolher só pelo local, foi até lá conversar com veteranos. Matriculada na Cásper, entrou na PUC-SP, em lista de espera. "Sei que é boa também, mas ficarei na Cásper."


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