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São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003
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DECISÃO, PARTE 2 FATORES COMO DISTÂNCIA DE CASA E MENSALIDADE TAMBÉM DEVEM SER LEVADOS EM CONSIDERAÇÃO Visitar faculdades e conversar com colegas ajuda a escolher a instituição
ANDRÉ NICOLETTI DA REPORTAGEM LOCAL E agora, matricular-se na USP ou na Unifesp? Certamente esse é um dilema que todos os candidatos de medicina gostariam de enfrentar. Em qualquer carreira, entretanto, deixar para tomar a decisão depois da divulgação das listas pode ser complicado. Como a matrícula normalmente é feita pouco depois de saírem as listas, há pouco tempo para tomar a decisão e, provavelmente, o estudante não poderá analisar os aspectos importantes envolvidos. Uma das melhores formas de decidir o local a ser freqüentado nos próximos quatro ou cinco anos é visitar as instituições. O candidato poderá comparar, por exemplo, os laboratórios, salas de aula e o restante das instalações. Durante a visita, o estudante poderá evitar problemas que possam desestimulá-lo, como a distância a ser percorrida diariamente. "Ele deve analisar o trajeto para ver se é muito longe e se vai pegar muito trânsito. No começo, tudo é festa, mas, depois, isso pode causar um desânimo", disse Selma Vaz Pereira, orientadora vocacional da ONG Colméia. Outro problema é não se adaptar aos colegas de sala. "Sugiro visitar a escola, ver o ambiente, os futuros colegas e como será a integração social, algo importante para gostar da escola. Por exemplo, "patricinhas" não se darão bem em escolas de "bichos-grilos", descolados e zens", disse Roberto Macedo, economista da USP e autor do livro "Seu Diploma, Sua Prancha" (Ed. Saraiva, 260 págs., R$ 30). O estudante deve procurar conhecer também as matérias que terá nas faculdades, pois algumas costumam ser comuns, mas podem haver especificidades em cada instituição. "Com a nova LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação), as escolas ganharam mais liberdade e podem definir áreas em que querem dar mais ênfase", disse Walter Politano, professor da Unesp e coordenador do Fórum de Instituições de Ensino do Crea-SP (Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura). FEI ou Mauá A visita à instituição foi o que definiu a escolha de Gualter Atanasio Junior, 22, e de Thiago Gomes Nicolosi, 20, que passaram na FEI (Faculdade de Engenharia Industrial) e na Escola de Engenharia Mauá em 2000 e hoje poderiam ser colegas de faculdade. Atanasio, que hoje está no quarto ano de engenharia na FEI, depois de saber que havia sido aprovado nas faculdades, fez uma visita e conversou com alguns professores. A mensalidade mais barata e projetos de pesquisa fizeram a diferença na escolha. Já Nicolosi preferiu ir para a Mauá, pois o campus fica a menos de dez minutos a pé de sua casa. Ele já havia visitado várias vezes a instituição e também conversou com alguns colegas que faziam o curso e gostavam da faculdade. Conversa com os amigos Conversar com amigos que já estão na faculdade é outra boa forma de comparar duas instituições. Na hora de escolher as pessoas que já estão no curso, entretanto, deve-se procurar saber delas também os pontos negativos das instituições em que estudam, e não só os positivos. Roberta Figueiredo Monteiro, 19, por exemplo, entrou em medicina na USP e na Unifesp e teve cerca de uma semana para escolher uma das duas. Ao conversar com colegas, percebeu que cada um falava bem de sua faculdade. "Mesmo assim, todos me disseram que era importante o hospital ligado à faculdade e, por isso, acabei optando pela USP", disse ela. Texto Anterior: Cartas Próximo Texto: Rivalidades reforçam identidade das diferentes faculdades Índice |
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