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      São Paulo, quinta-feira, 22 de maio de 2003
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CARREIRA/ENGENHARIA NAVAL

APENAS DUAS UNIVERSIDADES E UMA FACULDADE DE TECNOLOGIA OFERECEM O CURSO

Áreas de logística e consultoria atraem profissional

Robyn Beck - 18.abr.1999/France Presse
Operários trabalham em construção de veleiros de competição em estaleiro


LUIS RENATO STRAUSS
DA REPORTAGEM LOCAL

O setor de logística é o mercado "quente" para os graduados em engenharia naval. Na graduação oferecida pela USP, cerca de um terço dos estudantes pretende trabalhar na área, afirma Jessé Rebello de Souza Junior, coordenador do curso de engenharia naval e oceânica.
Segundo Souza Junior, os profissionais desenvolverão projetos, por exemplo, para utilizar melhor um parque de contêineres, para calcular o tamanho de uma frota capaz de distribuir uma certa quantidade de produtos, para traçar as melhores rotas de transporte e para agilizar o processo de embarque e de desembarque.
Os engenheiros navais também podem trabalhar em companhias que possuem maquinaria pesada ou cujos produtos necessitem de uma estrutura resistente. Souza Junior afirma que, em média, três formados são contratados pela Embraer todos os anos, pois, como são habilitados a desenvolver projetos dinâmicos, os graduados também podem ser úteis no desenvolvimento de aviões. A USP forma cerca de 40 alunos por ano.
A consultoria é outro campo aberto para o profissional. As áreas tradicionais, no entanto, são a de planejamento, a de construção, a de fiscalização e a de manutenção de embarcações, de plataformas marítimas, de motores e de equipamentos dos navios. Os engenheiros poderão atuar em grandes estaleiros, como responsáveis pela construção e pelo reparo de navios cargueiros e pelas plataformas ou nos pequenos estaleiros, que constroem barcos pesqueiros, de passeio ou de apoio, como os rebocadores. Podem ainda atuar na Marinha e em empresas que extraem petróleo em águas profundas, como a Petrobras.

Cursos superiores
Há somente duas universidades que oferecem o curso de engenharia naval: a USP e a UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). Na USP, o candidato concorrerá a uma vaga da carreira de engenharia. No segundo ano do curso, dependendo de suas notas, poderá escolher a área de mecânica. Quando chegar ao terceiro ano de graduação, optará por engenharia naval e oceânica.
Na UFRJ, a concorrência no vestibular é de aproximadamente quatro candidatos por vaga. Os alunos terão disciplinas como logística, projeto de embarcações, fadiga de materiais, controle de vibrações e máquinas marítimas.
Uma terceira alternativa é o curso de tecnologia da Fatec de Jaú (Faculdade de Tecnologia). O curso de construção e manutenção de sistemas de navegação é específico para o trabalho direto com embarcações e com equipamentos de navegação. A graduação dura cinco anos e o curso tecnológico dura três anos.


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