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GEOGRAFIA
Rio +10 vai debater necessidades do presente e do futuro
EDER MELGAR
ESPECIAL PARA A FOLHA
De 26 deste mês até o próximo
dia 4, ocorrerá em Johannesburgo, na África do Sul, a Cúpula
Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável, mais conhecida como Rio +10. Esse nome refere-se
aos dez anos passados da Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada no Rio de Janeiro em 1992 -a Eco 92.
Naquela ocasião, definiu-se um
plano de ação para a implantação
do desenvolvimento sustentável,
denominado Agenda 21. Mas o
que é exatamente o desenvolvimento sustentável?
Segundo o relatório final da Eco
92, desenvolvimento sustentável é
aquele que atende às necessidades
do presente sem comprometer a
possibilidade de as gerações futuras satisfazerem suas próprias necessidades.
Ao ler uma definição como essa,
passamos imediatamente a ter
outras dúvidas. Mas quais são
exatamente as necessidades do
presente: as do monge tibetano
ou as da vasta classe média dos
Estados Unidos? E pior ainda:
quais serão as necessidades das
gerações futuras? Acho que nosso
avô nunca imaginou que teríamos a "necessidade" de ter um
computador mais "turbinado".
Essas questões são uma pequena mostra da complexidade das
discussões que ocorrerão na cúpula em Johannesburgo.
Muitos temas debatidos e acordados na Eco 92, como o princípio das responsabilidades comuns, mas diferenciadas (em que
países mais desenvolvidos e mais
industrializados, que já poluíram
muito e lucraram mais, devem arcar com as maiores despesas para
recuperar o ambiente), continuam a ser questionados e não
são integralmente cumpridos.
A escassez de água potável, o
desmatamento, o saneamento, a
produtividade agrícola, a biodiversidade e a saúde serão alguns
dos temas tratados na Rio +10. O
vestibulando deve acompanhar o
encontro, e todos nós devemos
torcer para que o planeta resista
até chegarmos a um acordo.
Eder Melgar é coordenador de geografia do curso Intergraus
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