São Paulo, terça-feira, 24 de fevereiro de 2009
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Exame de aptidão desfavorece alunos de escola pública, afirmam educadores

Argumento de professores é que conteúdo específico não é dado no ensino médio

DA REPORTAGEM LOCAL

Por exigirem um conhecimento além do que aquele dado no ensino médio, as provas de habilidade específica costumam ser criticadas por educadores. Eles dizem que esses exames desfavorecem os candidatos de escola pública.
"Quem vem da escola pública normalmente não pode pagar um cursinho de linguagem arquitetônica", diz o coordenador do Objetivo, Caio Calçada. "O vestibulando pode até ter tido aula de artes na escola, mas essa aula certamente não contemplou tudo o que é pedido na Fuvest, apenas vai servir para não deixar o aluno órfão na hora de resolver as questões."
A mesma opinião tem Alberto Francisco do Nascimento, do Anglo. "Se as escolas públicas não dão essas matérias, como as universidades públicas podem cobrá-las?"
Valter Caldana, do Mackenzie, discorda. "Temos vários alunos de escola pública", diz. "Tendo interesse em desenho e exercitando o gosto, todos têm a mesma chance", diz ele.
Rafael Perrone, da FAU-USP, diz que o erro começa na escola. "É um defeito do ensino médio não ensinar mais desenho, música e outras disciplinas ligadas à expressão", diz. "Infelizmente, a faculdade tem de selecionar os mais aptos." (LAS)


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