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Relacionar a matéria com o cotidiano ajuda
DA REPORTAGEM LOCAL
Para gostar da matéria e,
mais do que isso, compreendê-la de verdade,
ajuda bastante tentar fazer relações com problemas do cotidiano. Se a escola só se atinha à resolução com fórmulas, o jeito é
recuperar o tempo perdido e procurar uma razão
para os números.
Carolina Borghi Lins, 18,
sente na pele a dificuldade
de compreender a física.
"Para mim não tem fundamento, não entendo", diz.
O professor José Luiz
Pastore Mello, do Colégio
Santa Cruz, explica que há
dois tipos de compreensão
possíveis: instrumental ou
relacional. "A compreensão instrumental é aquela
que se dá por memorização de regras", diz. Já a relacional é quando os problemas passam a fazer
parte do mundo cotidiano.
Isso explica um pouco
do gosto pelas exatas:
quem é apaixonado afirma
que todos os conteúdos fazem sentido. "É exatas na
veia", brinca Marcelo Angelo Pita, 18. Ele e o colega
de cursinho Victor Natal,
19, estão inscritos nas
Olimpíadas de Matemática e sempre tiveram bom
desempenho na matéria,
apesar de afirmarem que
o colégio não dava muito
incentivo.
Lívia Moreira Lima, 18,
faz cursinho com os dois
em busca de uma vaga na
Poli. A facilidade com os
números alterou sua opção de curso. Ela trocou a
vontade pela arquitetura
pelo sonho de ingressar
em mecatrônica.
E só para derrubar o mito de que quem gosta de
exatas é "crânio", no vestibular passado, as dificuldades da prova de língua
portuguesa é que impediram o ingresso dos três na
universidade.
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