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Escola de Saúde do DF dá aula prática desde o início
Instituição pública usa a chamada Aprendizagem Baseada em Problemas
GUILHERME VOITCH
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Criada em 2001, a ESCS
(Escola Superior de Ciências
da Saúde) nasceu com uma
proposta diferente para o ensino de medicina.
Mantida pela Fundação de
Ensino e Pesquisa em Ciências da Saúde, ligada à Secretaria de Saúde do Distrito Federal, a escola aproxima o
aluno do trabalho médico
desde o primeiro dia de aula.
"Eles vão para hospitais,
para os centros de saúde nos
bairros e até para a casa dos
pacientes, com o pessoal do
Programa Saúde da Família
[do governo federal]", diz
Paulo Roberto Silva, coordenador da graduação em medicina da faculdade.
Segundo ele, o contato direto com os pacientes permite um melhor entendimento
sobre as doenças, suas causas e seus sintomas.
"A maioria dos estudantes
vai ter semiologia [disciplina
que estuda os sintomas das
doenças] no terceiro ano.
Aqui eles têm isso de cara."
As aulas teóricas também
são diferentes. A cada ano,
80 estudantes ingressam na
ESCS. No entanto, eles se dividem em turmas de, no máximo, dez alunos.
Com menos alunos, os
professores trabalham as disciplinas por meio de problemas práticos, deixando de lado a forma expositiva tradicional. O método se chama
ABP (Aprendizagem Baseada em Problemas).
"A partir de uma questão
pontual, de um caso de gripe,
vamos avançando até chegar
ao estudo das células humanas, por exemplo", diz Silva.
De acordo com o coordenador, a metodologia da faculdade tem garantido bons
resultados. Silva afirma que
os estudantes formados pela
escola têm ido bem nos principais exames de residência.
A ESCS também obteve nota máxima no Enade, na última avaliação feita pelo governo federal, em 2007.
Além do curso de medicina, a faculdade oferece, há
dois anos, a graduação em
enfermagem.
As inscrições para o próximo vestibular da instituição,
que acontece nos dias 27 e 28,
já estão encerradas.
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