|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
NA VOLTA
Para jovens, viagem vale a pena
Domínio de outra língua, maturidade e independência são conquistas dos adolescentes
DA REDAÇÃO
Nem sempre a volta é fácil.
Muito estudo, readaptação e, às
vezes, o sonho de entrar na faculdade atrasa um ano. Mas
quem participou de um intercâmbio não se arrepende.
Gabriel Berla, 21, passou um
ano nos EUA e voltou na metade do terceiro ano. Quando
prestou vestibular para direito
na Fuvest, não foi nem para a
segunda fase. "Quando voltei,
tive dificuldade. Me concentrei
mais em passar no terceiro ano
e rever meus amigos. Sabia que
essa preparação não seria suficiente para passar direto. Achei
que valia a pena a experiência",
conta. O jeito foi dedicar um
bom tempo aos estudos. "Fiz
um ano de cursinho bem puxado porque tinha um rombo nas
matérias. Mas não me arrependo de jeito nenhum. Nem que
tivesse que fazer dois anos de
cursinho", diz ele, que hoje estuda na USP.
Por mais que o vestibular
preocupe, muitos jovens acreditam que não devem abrir
mão do sonho por causa dele.
"A gente é muito novo e essa experiência vai trazer muito mais
do que sair correndo para passar no vestibular. Foi a experiência da minha vida", diz Juliana Palhares Garcia Amoroso,
21, que ficou seis meses nos
EUA, voltou no início do terceiro ano e conseguiu entrar na faculdade no final do ano.
Independência, amadurecimento e, claro, um outro idioma. Segundo os intercambistas, são muitos os benefícios
que a experiência traz.
"Você aprende a viver sem a
família, a se virar sozinho.
Cresce muito. Além de melhorar o currículo porque morou
fora e sabe outra língua fluentemente, o que abre espaço no
mercado de trabalho", afirma
Sarah Salles, 17. Ela voltou há
poucas semanas dos EUA, já
prestou vestibular para comércio exterior e foi aprovada.
Nathalie Maschio Maccabelli, 21, mostra um outro lado do
intercâmbio: conhecer uma outra cultura. Ela esteve na Nova
Zelândia e conta que as matérias são muito diferentes, por
exemplo, culinária, marcenaria
ou mídia. "Achei bem mais fácil. Lá eles pensam mais em ter
qualidade de vida. Em qualquer
coisa que fizerem vão ter dinheiro para viver tranqüilos. É
outra cultura total."
Texto Anterior: Especialistas são a favor da experiência Próximo Texto: Baixa renda 1: Pré-vestibular EnterUSP abre inscrições Índice
|