São Paulo, terça-feira, 25 de julho de 2006
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NA VOLTA

Para jovens, viagem vale a pena

Domínio de outra língua, maturidade e independência são conquistas dos adolescentes

DA REDAÇÃO

Nem sempre a volta é fácil. Muito estudo, readaptação e, às vezes, o sonho de entrar na faculdade atrasa um ano. Mas quem participou de um intercâmbio não se arrepende.
Gabriel Berla, 21, passou um ano nos EUA e voltou na metade do terceiro ano. Quando prestou vestibular para direito na Fuvest, não foi nem para a segunda fase. "Quando voltei, tive dificuldade. Me concentrei mais em passar no terceiro ano e rever meus amigos. Sabia que essa preparação não seria suficiente para passar direto. Achei que valia a pena a experiência", conta. O jeito foi dedicar um bom tempo aos estudos. "Fiz um ano de cursinho bem puxado porque tinha um rombo nas matérias. Mas não me arrependo de jeito nenhum. Nem que tivesse que fazer dois anos de cursinho", diz ele, que hoje estuda na USP.
Por mais que o vestibular preocupe, muitos jovens acreditam que não devem abrir mão do sonho por causa dele. "A gente é muito novo e essa experiência vai trazer muito mais do que sair correndo para passar no vestibular. Foi a experiência da minha vida", diz Juliana Palhares Garcia Amoroso, 21, que ficou seis meses nos EUA, voltou no início do terceiro ano e conseguiu entrar na faculdade no final do ano.
Independência, amadurecimento e, claro, um outro idioma. Segundo os intercambistas, são muitos os benefícios que a experiência traz.
"Você aprende a viver sem a família, a se virar sozinho. Cresce muito. Além de melhorar o currículo porque morou fora e sabe outra língua fluentemente, o que abre espaço no mercado de trabalho", afirma Sarah Salles, 17. Ela voltou há poucas semanas dos EUA, já prestou vestibular para comércio exterior e foi aprovada.
Nathalie Maschio Maccabelli, 21, mostra um outro lado do intercâmbio: conhecer uma outra cultura. Ela esteve na Nova Zelândia e conta que as matérias são muito diferentes, por exemplo, culinária, marcenaria ou mídia. "Achei bem mais fácil. Lá eles pensam mais em ter qualidade de vida. Em qualquer coisa que fizerem vão ter dinheiro para viver tranqüilos. É outra cultura total."

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